Deputado Zé Carlos denuncia “conluio” em nomeação na Eletrobras e cobra apuração

O deputado Zé Carlos (PT-MA) ocupou a tribuna da Câmara nesta quinta-feira (21) para denunciar o “conluio financeiro” que está por trás da nomeação da Diretora Financeira e de Relações com Investidores da Eletrobras, Elvira Baracuhy Cavalcanti. Segundo o deputado, a executiva é ligada à gestora de recursos 3G Radar, de propriedade de Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do Brasil, que tem interesse na privatização da Eletrobras. “É uma denúncia grave, uma denúncia muito importante de algo que está acontecendo no nosso País, um conluio entre o poder público e o poder econômico”, enfatizou.

Zé Carlos contou que em março 2018, Elvira Baracuhy Cavalcanti, então executiva do 3G Radar, havia sido nomeada para o Conselho de Administração da Eletrobras, e em janeiro de 2019, o Conselho de Administração da estatal nomeou essa mesma senhora para o cargo de diretora Financeira de Relações com Investidores, sem nenhum comunicado ao mercado.

O deputado citou ainda que em 29 de janeiro a Eletrobras anunciou que a 3G havia aumentado a sua participação acionária de 10% para quase 15% de ações preferenciais. Ou seja, um montante que se aproxima de 39 milhões em ações preferenciais. “Nesse meio tempo, a empresa que indicou a sua executiva para trabalhar nesse processo de privatização aumenta a sua participação de 10% para quase 15%”, criticou.

Zé Carlos comparou esse processo que envolve a privatização da Eletrobras – nomear para a direção da Estatal uma executiva diretamente ligada àqueles que têm interesse em adquiri-la – como “raposa tomando conta do galinheiro”. Ao mesmo tempo, o deputado cobrou providências dos órgãos responsáveis no sentido de apurar tais denúncias.

“Faço deste pronunciamento uma denúncia, e daqui deste plenário solicito que o processo que envolve a nomeação da diretora Elvira Cavalcanti para a Eletrobras, bem como esse considerável aumento de capital da empresa, seja investigado tanto pelo Ministério Público Federal como pela Comissão de Valores Mobiliários”, cobrou Zé Carlos.

Benildes Rodrigues

 

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