Foto: Gabriela Korossy/CD
O Presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), da Câmara dos Deputados, Nelson Pellegrino (PT-BA) defendeu nesta quarta-feira (2), a inclusão do programa de Defesa Cibernética do Exército, no PAC para que os recursos sejam assegurados e estejam livres de contingenciamentos ou cortes. O assunto foi discutido em audiência pública da CREDN que contou com representantes do Exército, da Abin e da SaferNet, ONG responsável pelo Centro Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos.
Segundo Pellegrino, “trata-se de um investimento estratégico porque não adianta comprar produto de prateleira, nós temos que desenvolver no Brasil essa tecnologia. Os hardwares e softwares fabricados nos países desenvolvidos já embutem instrumentos que permitem a invasão”.
Para o Chefe do Centro de Defesa Cibernética do Exército, general José Carlos dos Santos as vulnerabilidades nos sistemas cibernéticos brasileiros têm como origem a dependência estrangeira da tecnologia. Santos também defendeu a criação de uma agência nacional de segurança cibernética para regular e coordenar o setor e afirmou que, em geral, a sociedade não se preocupa com a proteção de dados e informações sensíveis.
Já o diretor da Safernet Brasil, Thiago de Oliveira, afirmou que a criação de um sistema de e-mails nacional para aumentar a segurança das comunicações dos brasileiros não resolverá o problema da espionagem. Segundo ele, já existem softwares instalados em smartphones e computadores em geral, que controlam os aparelhos. Na sua opinião, o governo precisa enviar para o Congresso projeto de lei de proteção dos dados pessoais e regulamentar o direito à privacidade previsto na Constituição.
“O Congresso precisa atuar para garantir a dotação orçamentária necessária que assegure a devida proteção dos interesses estratégicos do país, das suas empresas e dos seus cidadãos”, afirmou Pellegrino.
Assessoria da Comissão