PEC 1: Pacote com prazo de validade até a eleição é compra de voto, denuncia Chinaglia  

Deputado Arlindo Chinaglia. Foto: Gustavo Bezerra

Em discurso na tribuna da Câmara na quarta-feira (6), o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) comparou as posições de Bolsonaro antes de ser presidente da República – que se posicionava contra os programas sociais, principalmente o Bolsa Família – com as medidas anunciadas por ele e contidas na proposta de emenda à Constituição (PEC 1/22) que pretende dobrar o valor do vale-gás, aumentar o Auxílio Brasil para R$ 600,00 e conceder ajuda de R$ 1.000,00 a caminhoneiros. Tais medidas são consideradas por analistas como medidas eleitoreiras porque só têm validade por 6 meses, e às vésperas do pleito eleitoral.

“Começa antes das eleições e termina depois das eleições. E, se, antes Bolsonaro dizia que o Bolsa Família era para comprar votos, eu quero saber o que é que o Bolsonaro diz agora com um programa temporário que substitui um programa que havia sequência no tempo? Portanto, se alguém está comprando votos, se alguém quer tentar comprar votos, é exatamente o Bolsonaro”, afirmou Arlindo Chinaglia.

Gorjeta

Segundo Chinaglia, essa PEC que tem apoio da base do Governo, Bolsonaro propõe dar “uma gorjeta de R$ 200,00 para se somar ao chamado Auxílio Brasil”. O parlamentar esclarece, que esse programa não protege as crianças e, de acordo com ele, para piorar, vai ser aprovado na Câmara contra o Bolsa Família, “porque ele quer apagar da memória popular o Bolsa Família”.

O parlamentar explicou que quando usa o termo “gorjeta”, é porque esse valor vai se somar aos R$ 400,00 do Auxílio Brasil. Ele esclareceu ainda que é evidente que os pobres, brasileiros mais necessitados precisam de um auxílio.

“É evidente que nós somos favoráveis a que isso ocorra. Tanto somos favoráveis que quando ainda existia o Bolsa Família a Bancada do PT apresentou um projeto de lei para elevar o valor do Bolsa Família para R$ 1.000,00, à época era praticamente igual ao salário mínimo”, lembrou Chinaglia.

Esmola

“Por isso, nós temos autoridade para dizer que isso é uma verdadeira esmola, e ninguém quer viver de esmola. Na verdade, esse é um programa fajuto que não vai durar 6 meses”, denunciou.

Compra de voto

Apesar do oportunismo da proposta, mas pensando no povo brasileiro que é vítima da fome, miséria, desemprego, e que foi abandonado pelo Estado brasileiro, o deputado declarou voto favorável à proposta. No entanto, ele fez questão de frisar que a PEC 1/22 não passa de compra de votos por parte de seu propositor.

“De minha parte, nós vamos votar favorável ao auxílio. Entretanto, nós temos que denunciar antes, durante e depois, porque a tentativa de comprar votos é do Bolsonaro, e ele deveria ser no mínimo coerente não naquilo que ele consegue ser, por exemplo, defendendo a ditadura, a tortura, o Ustra. Não! Ele deveria ser coerente e vir a público e dizer: “Eu considero que o que eu vou fazer agora é comprar votos”, reproduziu Arlindo Chinaglia o texto que corrobora a proposta defendida por Bolsonaro.

Alerta

“Portanto, nós estamos aqui para alertar a população brasileira. Aqueles que necessitam, vão se beneficiar, temporariamente, mas em breve, nós vamos reinstalar o Bolsa Família, de maneira permanente, no valor de R$ 1.000,00”, assegurou o parlamentar petista.

Ataques ao Bolsa Família

Arlindo Chinaglia fez um retrospecto das inúmeras vezes que Bolsonaro se contrapôs ao Programa Bolsa Família. Segundo o deputado, em 2011, na Câmara dos Deputados, Bolsonaro disse: “O Bolsa Família nada mais é do que um projeto para tirar dinheiro de quem produz” — ele aqui está falando do empresariado — “e dá-lo a quem se acomoda, para que use seu título de eleitor e mantenha quem está no poder. (…) O voto do idiota é comprado com o Bolsa Família.”

Já em 2012, continuou o parlamentar, em entrevista à Record News, Bolsonaro disse que o programa deveria ser temporário, que o sistema era o modo de comprar votos. “O Bolsa Família é uma mentira, você não consegue uma pessoa no Nordeste para trabalhar na sua casa. Porque se for trabalhar, perde o Bolsa Família.”

Na avaliação de Chinaglia, com essa fala Bolsonaro chama o povo brasileiro mais pobre de acomodado, de desonesto, e, portanto, aquele que vende o seu voto quando recebe um auxílio tão importante como o Bolsa Família.

O petista observou ainda que em 2015 a narrativa utilizada por Bolsonaro era: “O cara tem três, quatro, cinco, dez filhos e é problema do Estado (…) vai viver de Bolsa Família, não vai fazer nada.” Segundo o deputado, com essa frase, o atual presidente diz que o pobre tem um, dois, três, dez filhos — no seu linguajar — exatamente para receber mais do Bolsa Família.

E finalizando os relatos sobre os ataques feitos por Bolsonaro ao maior programa de transferência de renda que o País já teve, Arlindo Chinaglia recorda que em 2017, num evento em Barretos Bolsonaro afirmou: “Para ser candidato a presidente tem de falar que vai ampliar o Bolsa Família, então vote em outro candidato. Não vou partir para demagogia e agradar quem quer que seja para buscar voto”.

 

Benildes Rodrigues

 

 

 

 

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