Paulo Teixeira conclama sociedade a pressionar o Parlamento pela abertura do impeachment de Bolsonaro

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) afirmou durante pronunciamento no tempo da Liderança do PT, na sessão desta quarta-feira (30) no plenário da Câmara, que a única saída para o País evitar uma tragédia sanitária ainda maior do que a atual e um golpe de Estado contra a democracia, é aprovar o impeachment do presidente Bolsonaro.

Durante o discurso, Teixeira lembrou a recente demissão do ministro da Defesa, e dos três comandantes das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), simplesmente porque não aceitaram entrar em conflito com os governadores que adotaram o lockdown, motivado pelo crescimento exponencial do coronavírus, além da falta de UTI e medicamentos para intubação nos hospitais do País.

“A única saída que nós temos é o impeachment. A sociedade brasileira não suporta mais um presidente da República que, a cada dia, comete um crime de responsabilidade. Já são 60 ou mais pedidos de impeachment, nesta Casa, que dormitam nessa mesa e que precisam ser processados para que a sociedade brasileira discuta os inúmeros crimes cometidos por este presidente da República”, afirmou Teixeira.

O parlamentar explicou que os governadores estão adotando o lockdown, medida cientificamente aprovada e adotada no mundo inteiro para diminuir a pandemia, porque já não existem mais leitos de UTI, oxigênio e medicamentos para intubação. Segundo ele, ao tentar impedir a adoção dessas medidas, mesmo ciente das mais de 318 mil mortes por Covid no País, “que é o segundo país com o maior número de mortos pela Covid-19 no mundo” e que tem o maior número de mortos por dia no planeta, Bolsonaro demonstra na prática que é um genocida.

“Este presidente não tem outro nome. Alguns não gostarão do nome de genocida. Outros não entendem o significado da palavra genocida. O que eu posso dizer é que ele é um assassino, um serial killer, um homem frio que não tem empatia pelo ser humano, um homem que permite que os seus governados, que os seus conterrâneos morram de uma doença da qual poderiam não morrer”, avisou.

Segundo Paulo Teixeira, Bolsonaro é responsável pela tragédia atual do País por várias razões. Entre elas, porque deixou de comprar vacinas no tempo certo. “Hoje, há dinheiro para comprar vacina, mas não há mais vacina, porque as vacinas ofertadas no mês de agosto não foram compradas pelo Brasil” – descredenciou leitos do SUS, deixou de comprar oxigênio para Manaus, fechou a fábrica de oxigênio no Paraná que pertence a Petrobras. O petista também lembrou que desde o início da pandemia Bolsonaro desestimulou o uso de máscara e o distanciamento social, e ainda atacou quem promovia esses cuidados.

O petista destacou ainda que o próprio Bolsonaro exerce o comando do Ministério da Saúde para promover o chamado “tratamento precoce”, “que a OMS já disse ser ineficaz, que a Associação Médica Brasileira disse que teria que ser banido, que tem levado as pessoas à morte”. “Há pacientes precisando de transplante de fígado, por causa dos medicamentos adotados pelo chamado “tratamento precoce”, lembrou o parlamentar.

Bolsonaro quer destruir a democracia brasileira

Além das trágicas consequências das atitudes de Bolsonaro em relação à pandemia, Paulo Teixeira também ressaltou que o atual presidente tem atacado a democracia com o claro objetivo de ser tornar um ditador. De acordo com o parlamentar, a súbita demissão do ministro da Defesa e dos comandantes das Forças Armadas comprovam esse fato.

“O que Bolsonaro quer das Forças Armadas? Ele quer aparelhá-las, ele quer aparelhá-las para promover uma escalada autoritária. Ele quer aparelhá-las, porque ele tem como objetivo dar um golpe de Estado no Brasil. Ele quer milicianizar as Forças Armadas, já que ele é um miliciano, coordenador de milícias. Ele e os seus filhos”, acusou Paulo Teixeira.

Segundo o petista, chegou o momento de a sociedade pressionar o parlamento para impedir uma tragédia sanitária ainda maior e ainda defender a democracia.

“E é por essa razão que eu convido o povo brasileiro a se expressar. Neste momento, a expressão tem que ser nas redes sociais, nos panelaços, nas carreatas, mas pressionando os Parlamentares deste Parlamento a votarem pela instalação do processo de impeachment, dizendo já não dá mais! É por isso que eu concluo a minha fala, desta tribuna, conclamando o Brasil, conclamando este Parlamento a instalar o processo de impeachment deste Presidente criminoso”, destacou.

Héber Carvalho

 

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