Foi instalada nesta terça-feira (24), no Senado, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar se os 8.667 clientes brasileiros do banco HSBC em Genebra, na Suíça, declaram suas contas à Receita Federal, e se informaram ao Banco Central sobre os valores depositados no exterior. Os senadores que participam da CPI também devem apurar o papel da instituição financeira na captação dos seus clientes e se houve incentivo a práticas como sonegação e evasão de divisas.
Foram escolhidos, por aclamação, o presidente e o vice-presidente da CPI: respectivamente os senadores Paulo Rocha (PT-PA) e Randolfe Rodrigues (PSOL- AP). O relator será Ricardo Ferraço (PMDB-ES).
Paulo Rocha comprometeu-se a conduzir depoimentos e conclusões “com equilíbrio”. Também disse que a CPI deixa claro o empenho do País no combate à corrupção e à sonegação fiscal.
O requerimento para instalação da CPI foi apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues e contou com a adesão de 34 parlamentares de diversos partidos. Ele espera que as investigações não apenas identifiquem os sonegadores, mas possam debater o sistema tributário nacional. “Não é crime ter contas no exterior, mas é crime não declarar os recursos nelas depositados às autoridades competentes”, disse.
Câmara – Na Câmara, a subcomissão especial que acompanhará os desdobramentos das denúncias de existência de contas secretas de brasileiros no banco HSBC suíço, elegeu presidente e relator. Presidirá o colegiado o deputado Wanderlei Macris (PSDB-SP) e a relatoria ficará a cargo do deputado Toninho Wandscheer (PT-PR). A subcomissão integra a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, presidida pelo deputado Vicente Cândido (PT-SP).
PT na Câmara com informações do PT no Senado