A região Nordeste pode ganhar um programa específico de biocombustíveis. O assunto foi discutido na quarta-feira-feira (18), em reunião da bancada nordestina da Câmara com o presidente da Petrobras Biocombustíveis, Miguel Rossetto. Ficou definido que será constituído um grupo de trabalho formado por parlamentares e técnicos da Petrobras para discutir o assunto.
O deputado Paulão (PT-AL) defendeu que experiências exitosas ocorridas em estados como Ceará e Bahia também aconteçam em Alagoas, no sentido de fomentar a cultura de matérias-primas para geração dos chamados combustíveis limpos, produzidos a partir de cana-de-açúcar, mamona, soja, mandioca, milho e outras culturas.
O parlamentar de Alagoas sugeriu que seja incluída a participação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no grupo de trabalho, a fim de agregar culturas típicas do Nordeste, a exemplo da mandioca. “Temos no agreste alagoano grande área de plantio de mandioca, em Arapiraca, onde o tratamento de fécula está desativado. Também em Joaquim Gomes temos disponíveis áreas que não possuem uma produção definida”, disse Paulão.
Paulão e os demais parlamentares presentes apoiaram a ideia do deputado Ariosto Holanda (PSB-CE), que já apresentou ao governo federal um projeto estratégico de biocombustíveis para o Nordeste. Conforme o deputado cearense, o projeto objetiva fortalecer a agricultura familiar voltada à produção de biocombustíveis.
Em sua explanação, Rossetto explicou que a Petrobras Biocombustíveis, subsidiária da Petrobras, foi criada em 2008 para atuar na produção de etanol e biodiesel. Segundo ele, a empresa opera 15 usinas de biocombustíveis no país, sendo três na região do semiárido, nos municípios de Candeias (BA), Quixadá (CE) e Montes Claros (MG). As usinas visam garantir a produção nacional.
A reunião foi comandada pelo deputado Pedro Eugênio (PT-PE), coordenador da bancada nordestina.
Assessoria Parlamentar