Paulão assume Comissão de Direitos Humanos e PT mantém resistência e luta por direitos

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O deputado Paulão (PT-AL) foi eleito nesta quinta-feira (23) presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minoria. Ele assumiu a função com a disposição de manter o colegiado como trincheira de luta e resistência ao ataque constante aos direitos humanos. “Essa trincheira é fundamental para resistir e fazer a disputa nessa conjuntura atual, com um governo que retira direitos dos trabalhadores, que retira direitos previdenciários, que ameaça a soberania nacional”, afirmou. 

O deputado acrescentou que se soma ainda a esta luta o combate às constantes agressões aos povos indígenas, aos quilombolas, à luta agrária, das mulheres, e da juventude nas periferias do Brasil que estão sendo exterminadas. “É desafiador, mas é fundamental manter essa chama acesa, essa esperança de trabalhar para defender a vida”, enfatizou.

Paulão destacou que o PT, historicamente, sempre priorizou a defesa dos direitos humanos e lembrou que ele também sempre militou nesta área e citou as suas iniciativas que garantiram a criação das comissões de Direitos Humanos na Câmara de Vereadores e na Assembleia Legislativa de Maceió. “Ser militante desta área é defender a vida”.

O deputado Padre João (PT-MG), ao se despedir da presidência e passar o cargo para o deputado Paulão, afirmou que confiava na história, na sensibilidade e na disponibilidade do deputado para o trabalho. “Sei do seu compromisso e tenho certeza de que a CDH continuará sendo o espaço de luta do povo que mais precisa. Nós aqui temos o espírito de servir”, afirmou.

Padre João relembrou a conjuntura difícil que o País vive, especialmente depois do golpe do ano passado, que retirou a presidenta eleita Dilma Rousseff do poder. “Infelizmente estamos vivendo retrocessos em todos os setores, o Congresso, o Judiciário, o Executivo, estão todos contaminados”, lamentou. Ele disse que a violação de direitos está ocorrendo todos os dias. “A luta tem que ser constante na promoção da cidadania e na defesa da democracia, dos povos indígenas, da população carcerária, dos trabalhadores, dos excluídos. Teremos muito trabalho pela frente”, alertou.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS), ex-ministra dos Direitos Humanos do governo Dilma, lembrou que direitos humanos não têm um ponto final. “A busca pela humanização das relações política, econômica e social é constante. Quem escolhe essa comissão tem esse espírito de lutar pela vida”, afirmou.

Rosário lamentou que nem sempre os militantes dos direitos humanos são compreendidos pela sociedade. “A mídia sensacionalista, infelizmente, iguala os defensores de direitos humanos com aquilo que jamais podemos estar conectados, que é a prática da violência. Nenhum militante de direitos humanos é um defensor de bandido, defensor do crime ou da prática de violência. Nós somos por natureza pacifistas, defensores da tolerância e do respeito”, enfatizou.

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) destacou que não existe direitos humanos sem compromisso e solidariedade. Emocionada, ela criticou a aprovação da terceirização e da prorrogação da CPI Funai/Incra. “Direitos humanos é compromisso, deixar milhares de trabalhadores perder a estabilidade, permitir que se interrompam sonhos com o futuro melhor, sonhos de estudar, dói na alma. Dói ver direitos serem diluídos. Foi isso que aconteceu aqui ontem nessa Casa. Rasgaram a carteira de trabalho. Sem ela o trabalhador não tem seguridade, não tem honra, não pode prosseguir nos seus sonhos”, lamentou. Benedita também citou o compromisso histórico do PT com os direitos humanos e afirmou a Paulão que será uma fiel colaboradora dos trabalhos da comissão.

Vânia Rodrigues
Foto: GustavoBezerra/PTnaCâmara

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