Resistência. Essa foi a palavra de ordem da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), do senador Humberto Costa, do deputado Frei Anastácio (PB), do ex-candidato a presidente da República Fernando Haddad, ambos do PT, e do ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho, durante o ato em defesa da transposição, realizado no domingo (1), em Monteiro (PB).
Milhares de pessoas e políticos de muitas cidades da Paraíba e de estados vizinhos, a exemplo de Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte participaram das manifestações que terminaram por volta das 15h.
Para Frei Anastácio, Bolsonaro está cometendo um crime ao abandonar uma obra que foi sonhada por um imperador e concretizada pelo operário Luiz Inácio Lula da Silva. “Vamos resistir contra esse governo destruidor. A transposição de águas do São Francisco é uma conquista de todos os nordestinos e não abriremos mão dela”, disse o deputado.
Caminhada pelas ruas
O Ato chamado SOS Transposição, idealizado por Ricardo Coutinho, começou com a concentração das pessoas na entrada de Monteiro, onde fica uma das saídas da água do canal da transposição. Depois, a multidão saiu em caminhada pelas ruas, até o centro da cidade. A caminhada foi liderada por uma comitiva formada por Ricardo Coutinho, Gleisi Hoffmann, Humberto Costa, Fernando Haddad, Frei Anastácio e políticos de outros partidos.
Resistir e lutar
A presidenta nacional do PT disse que era muito triste voltar à Paraíba, dois anos depois de Lula ter feito a inauguração popular do canal com água, e hoje participar de um protesto contra a falta de atenção do Governo Bolsonaro, que cortou o bombeamento de água para a Paraíba. “Isso prejudica mais de 30 cidades da Paraíba”, criticou Gleisi.
O senador Humberto Costa, além de pedir para o povo continuar resistindo contra o abandono da obra da transposição, enfatizou que “ninguém irá aceitar que Bolsonaro faça com a transposição o que está fazendo com a saúde, educação, meio ambiente e com o povo brasileiro”.
Lula manda carta
Ricardo Coutinho além de pedir resistência, solicitou que os parlamentares da bancada federal nordestina, que apoiam a transposição, acionem Bolsonaro no Ministério Público Federal, por ele estar cometendo crime contra a humanidade, ao desprezar a obra de transposição de águas do São Francisco para a Paraíba.
Ele também leu uma carta enviada por Lula, especialmente para o evento. O ex-presidente lembrou na carta, muitas obras que fez para o Nordeste, no governo dele, e lamentou que dois anos depois da inauguração popular da qual ele participou, em Monteiro, o canal esteja sem água destinada à Paraíba.
Lula lembrou na carta, que a inauguração popular da obra, representa um dos momentos mais importantes na vida política dele.
Juventude camponesa
Toda programação do ato teve participação ativa da Juventude Camponesa, que participou com faixas, batucadas e exclamação de poesia. Eles também entregaram, através da coordenadora nacional do MST, Dilei Aparecida, e vários jovens, uma muda de Umbuzeiro, a Fernando Haddad, como símbolo da resistência nordestina.
Políticos presentes
Entre as muitas representatividades no ato estavam o ex-governador Ricardo Coutinho, os deputados federais João Campos (PSB-PE), filho de Eduardo Campos; Damião Feliciano, Gervásio Maia, Frei Anastácio e o senador Veneziano Vital do Rego, da bancada federal da Paraíba; Fernando Haddad, a deputada Gleisi Hoffmann, os deputados estaduais paraibanos Anisio Maia, Buba Germano, Estela Bezerra, Chió, Cida Ramos e Geová Campos; o senador Humberto Costa (PT-PE), a deputada federal do Rio Grande do Norte Natália Bonavides (PT) e a vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB). O evento contou ainda com presença de vereadores e prefeitos de diversas cidades.
Assessoria de Comunicação
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