O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou nesta terça-feira (2) que a palavra de ordem é “agenda positiva”, com um pacto pelo crescimento e desenvolvimento do País. A avaliação foi feita após reunião, no Palácio do Planalto, entre os líderes da base aliada na Câmara dos Deputados com os ministros da Fazenda, Nelson Barbosa; da Casa Civil, Jaques Wagner; e da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini.
“Os ministros pediram apoio do Congresso para esse diálogo permanente. E também pediram todo o esforço para concluir as matérias com impacto nas contas públicas”, disse Guimarães.
Entre as medidas, o líder do governo citou a medida provisória (MP 692/2015), que eleva a tributação sobre ganhos de capital e já pode ser votada pelo plenário. “Em um momento de restrições fiscais e econômicas e crescimento negativo, temos que elevar a arrecadação e esta medida provisória precisa ser votada. A parte mais rica da sociedade também precisa contribuir para ajudar o País”, disse Guimarães.
Ele disse ainda que o governo pretende manter o diálogo sobre medidas estruturantes, como as reformas tributária e da Previdência, e também sobre a recriação de tributação nos moldes da CPMF. “O esforço tem que ser feito para as reformas estruturais que vão permitir ao país equilíbrio fiscal de forma duradoura e permanente. O Brasil precisa dessas reformas. A CPMF vai impactar apenas quem ganha muito, porque quem ganha menos não terá problema”, explicou o líder do governo.
DRU – Guimarães disse ainda que após a escolha dos novos líderes partidários, a base aliada retomará o diálogo com a oposição sobre a PEC 4/15, que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) até 2019. “Temos de votar rapidamente as MPs para iniciarmos esse novo debate. Precisamos preservar o entendimento. Não é pedir apoio, mas discutir a agenda, o pacto do desenvolvimento, com projetos que interessam ao país”, destacou o líder do governo.
Gizele Benitz
Foto: Fábio R. Pozzebom