Parlamentares e sociedade civil protestam contra projeto do “veneno”

Em ato em favor da vida e contra o agrotóxico, a Bancada do PT disse em alto e bom som não ao projeto de lei (PL 6299/02), que permite a ampliação do uso do agrotóxico “veneno” no País. A manifestação reuniu nesta terça-feira (15), no Salão Verde da Câmara, 27 entidades da sociedade civil e instituições públicas para denunciar os retrocessos e absurdos contidos na proposta e para cobrar do presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) a instalação imediata de comissão especial para analisar o projeto de iniciativa popular (PL 6670/16), que cria a Política Nacional de Redução do uso de Agrotóxico.

Na contramão do que o povo quer, a Câmara parou a tramitação do projeto que reduz o veneno na comida dos brasileiros e no meio ambiente, e acelerou a proposta que vai flexibilizar o uso dos agrotóxicos. “Esse projeto, se aprovado, vai gerar retrocessos gravíssimos para a população brasileira e mundial, já que o Brasil é um dos maiores exportadores de alimentos do mundo”, alertou Carla Bueno, da Campanha #ChegadeAgrotóxico, que já coletou mais de 100 mil assinaturas contra o PL 6299.

O deputado Nilto Lula Tatto (PT-SP), coordenador do Núcleo Agrário do PT, destacou a importância da manifestação para impedir o avanço do projeto. “Vamos denunciar, resistir e obstruir para que a Câmara não aprove mais esse absurdo contra o povo brasileiro”. Tatto enfatizou que esse projeto só interessa meia dúzia de empresários que comercializam o agrotóxico. “É uma proposta que não interessa ao brasileiro, não interessa nem à própria agricultura brasileira que em pouco tempo não terá mercado para vender seus alimentos produzidos com veneno”, alertou.

Na avaliação do deputado Tatto, que também é o secretário nacional do Meio Ambiente do PT, a agricultura brasileira precisa trilhar outros caminhos, precisa aprovar a Política Nacional de Redução de uso do Agrotóxico. “Defendemos a criação da comissão especial para analisar com urgência essa proposta popular. Precisamos reduzir o uso de agrotóxico, que é o segundo maior fator de contaminação dos nossos mananciais. A população brasileira está ficando doente pelo veneno que chega em nossas casas pela água”, enfatizou.

O deputado Lula Bohn Gass (PT-RS) criticou o projeto e afirmou que a medida cosmética que os ruralistas apresentam de trocar o nome de veneno por fitossanitário não engana. “Fitossanitário é de fato nome técnico, mas para planta. Agrotóxico é veneno”, reforçou. Ele citou ainda como grave o projeto ferir a autonomia federativa, impedindo que estados e municípios tenham legislações próprias mais restritivas ao uso do veneno, e a permissão para que agroquímicos proibidos em outros países sejam comercializados e usados no Brasil. “É disso que se trata, é de liberar o veneno para o prato do brasileiro e isso não podemos aceitar”, frisou.

O deputado Henrique Lula Fontana (PT-RS) também falou sobre o projeto. “É uma proposta que, se aprovada, trará retrocessos do mais alto impacto para o País, para a saúde pública, para a agricultura e para os interesses econômicos. É literalmente voltar 20 anos em dois, nenhum País do mundo aprovou proposta semelhante, com tanta liberdade para o uso do veneno”. Fontana chamou atenção para o princípio da precaução que é fundamental quando se trata do interesse da saúde pública da preservação do meio ambiente, e que será desconsiderado. “É um escândalo liberar o uso do agrotóxico sem a conclusão dos estudos de impactos para a vida e para o meio ambiente”, indignou-se.

Para o deputado João Lula Daniel (PT-SE) o projeto do veneno é mais um golpe na saúde pública, na economia e no meio ambiente. Ele defendeu a mobilização da sociedade para ajudar a derrotar a proposta. “É vergonhoso como seis empresas multinacionais que produzem veneno, as mesmas que produzem medicamentos farmacêuticos, impõem por meio da bancada ruralista esse projeto que é contra a saúde pública, que é contra o povo brasileiro”.

Os representantes da Abrasco – Associação Brasileira de Saúde Coletiva, Geraldo Lucchi, e do Fórum Nacional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, Paulo Serafim, além de alertarem para os riscos do uso indiscriminado dos venenos criticaram o fato de a comissão especial que analisa o projeto ter apresentado parecer favorável à proposta sem ter ouvido nenhuma entidade, órgão ou instituição contrária à proposição.

E a representante do Greenpeace Mariana Lacorte questionou: “Será que mais de 320 instituições como Ibama, Anvisa, Ministério Público, ministérios da Saúde e do Meio Ambiente que se posicionaram contra o veneno no prato do brasileiro estejam erradas e apenas esses 10 ou 15 parlamentares que defendem o projeto na comissão especial estejam certos?”

Agenda – A comissão especial que analisa o PL 6299, de autoria do então senador Blairo Maggi (sem partido) atual ministro da Agricultura, pode apreciar o parecer final do relator, do deputado Luiz Nishimori (PR-PR), favorável a flexibilização do uso do agrotóxico nessa quarta-feira (16).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Vânia Rodrigues

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100