Parlamentares criticam ministro da Educação, que usou resultados do Pisa para atacar Paulo Freire e o PT

Os resultados do Brasil na edição de 2018 do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, na sigla em inglês) estimularam o ministro da Educação do governo Bolsonaro, Abraham Weintraub, a exibir novamente o seu despreparo para o cargo. O titular do MEC atacou Paulo Freire e os governos do PT e recebeu resposta de parlamentares petistas e de Aloisio Mercadante, ex-ministro da Educação.

“Ao invés de atacar o PT e a memória de Paulo Freire, este ministro deveria se preocupar com o sucateamento da educação que seu governo protagoniza”, afirmou a deputada Maria do Rosário (PT-RS).

“Após os governos do PT, a desvalorização da educação tornou-se política de Estado, sendo responsável também pelo resultado insatisfatório do Brasil no Pisa. Ainda assim, o ministro segue com sua retórica tacanha, sem apresentar nenhum trabalho pela educação brasileira”, acrescentou Rosário.

Investimento

Coordenadora da Frente Parlamentar pela Valorização das Universidades Federais, a deputada Margarida Salomão (PT-MG) apontou a diferença de investimentos entre os países para explicar o desempenho brasileiro. “É preciso avaliar o Pisa. Dê um lado, comparar o desempenho da Finlândia com o Brasil é a mesma coisa que comparar o Flamengo com o Botafogo. Diferença de desempenho reflete diferença de investimento. A Finlândia investe quase sete vezes o valor que o Brasil investe por aluno/ano”, argumentou Margarida, que foi reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

A parlamentar mineira lembrou ainda que “os países que têm melhor desempenho resolveram há quase um século problemas que o Brasil passou a enfrentar desde a Constituição Cidadã de 1988”. Para ela, a relativa estagnação do Brasil “reflete a falta de consistência e de persistência das políticas públicas de educação, que flutuam com os governos”.

 

PNE

De acordo com a ex-reitora, “uma boa forma de avançar no Pisa será executar o Plano Nacional de Educação”, que tem sido rechaçado pelo governo Bolsonaro.

Quem também mencionou o PNE foi o deputado Pedro Uczai (PT-SC). “O governo Bolsonaro abandonou o Plano Nacional de Educação. Cumprir o PNE melhora a qualidade da educação. Neste momento, o governo se opõe a votar o Fundeb, que é o ponto central do financiamento da educação básica brasileira. Em vez de o ministro procurar inimigos ou culpados, ele deveria trabalhar mais, já que, em um ano ele não apresentou um único programa para melhorar a qualidade da educação brasileira”, disse Uczai.

Já deputada Professora Rosa Neide (PT-MT) considera que os resultados do Pisa precisam ser contextualizados com outros indicadores. “Exame com pequena amostra precisa ser visto com cuidado e contextualização. Qual a dimensão de cada país? Quanto efetivamente investem? Qual a dívida histórica com inclusão dos grupos mais vulneráveis?”, indagou a parlamentar.

“Utilizar resultados para atacar professores e a escola pública, justificando cortes, não é um bom caminho”, complementou Rosa Neide.

Ataques

O ministro disse que Paulo Freire representa o “fracasso total e absoluto” da educação sob os governos do PT. “O símbolo máximo do fracasso da gestão do PT começou quando foi construída a lápide da educação, que está lá embaixo na entrada do MEC, que é esse mural do Paulo Freire. Então, sim, [o Pisa é] integralmente culpa do PT”, declarou Weintraub.

 

Rogério Tomaz Jr.

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