O presidente da Frente Parlamentar em Apoio aos Povos Indígenas, deputado Padre Ton (PT-RO), classificou como importante a presença dos parlamentares da Comissão de Legislação Participativa da Câmara (CLP) na mediação do impasse acarretado pela ocupação do canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Belo Monte, no Pará, pelas comunidades indígenas daquela região. Padre Ton disse que foram feitas várias audiências com as autoridades locais.
De acordo com o parlamentar, a principal reivindicação desses povos é a presença do governo federal nas negociações que envolvem os impactos que a construção da hidrelétrica pode causar a essa população.
Além disso, explicou Padre Ton, os índios da tribo dos Mundurucus afetados pelos empreendimentos cobram a suspensão dos estudos para as obras da Usina Hidrelétrica São Luís do Tapajós, no Rio Tapajós, oeste do Pará. De acordo com o deputado petista, outro ponto levantado pelos cerca de 200 índios, de oito comunidades que ocupam Belo Monte, é a ausência de consulta prévia, conforme prevê a Convenção 159 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Benildes Rodrigues