Com a frase do filósofo Hipócrates (370 a. C.) que dizia: “que seu remédio seja seu alimento e que seu alimento seja seu remédio”, o deputado Padre João (PT – MG) subiu à tribuna do plenário da Câmara para repudiar atos do governo Bolsonaro, que completou 100 dias, nessa quarta-feira (10).
Segundo Padre João, é escandaloso que uma ministra da Agricultura, como é o caso de Tereza Cristina, em apenas 100 dias de governo libere tantos agrotóxicos para a mesa dos brasileiros. “Nunca tivemos isso na história do nosso País, tanto veneno para estar nas mesas do nosso povo”, lamentou o parlamentar. Padre João ainda condenou a liberação do glifosato, um herbicida sistêmico de amplo espectro e dessecante de culturas e que pode estar ligado a doenças como o câncer.
“Engana-se o pessoal da cidade que acha que este é um problema rural, do campo. Você está bebendo e comendo veneno! O pior é que você acha que está comendo bem, só porque está comendo frutas, mas a quantidade de agrotóxicos liberados e consumidos no país é altíssima”, denunciou Padre João.
Moro, o veneno e o cigarro
Padre João ainda comentou sobre a proposta do ministro da Justiça, Sérgio Moro, em diminuir as taxas dos tributos sobre cigarros, produto altamente perigoso à saúde humana, fator de risco para quase 50 doenças diferentes, incluindo enfermidades pulmonares e câncer.
“Na legislação nós avançamos tanto, provando o nexo do tabaco com o câncer. Agora me vem um ministro da Justiça dizer que tem que reduzir os impostos do tabaco?!”, indaga Padre João, que ainda denuncia: “isso é para atender as empresas norte-americanas. É um escândalo, porque quem causa doença tem que pagar por isso. Se o tabagismo gera o câncer, tem que pagar mais, pois elas têm que custear o tratamento desta doença”, cobrou.
Assessoria de Comunicação
Foto: Lula Marques