Padilha denuncia Bolsonaro por sabotar vacinação do povo brasileiro contra a Covid-19

O deputado federal e ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT-SP) denunciou hoje (2) que o presidente neofascista Jair Bolsonaro deu uma demonstração clara de que tem boicotado a imunização do povo brasileiro contra a Covid-19, ao vetar praticamente todos os artigos incluídos por parlamentares na Medida Provisória (MP 1003), os quais aceleravam o processo de vacinação contra o novo coronavírus.

“Bolsonaro matou a MP que era em defesa da vida, matou a medida provisória da ‘vacina já’ aprovada em dezembro na Câmara e no início de fevereiro no Senado. Bolsonaro deu uma prova clara e evidente de que é contra a vacinação do povo brasileiro, de que não quer vacinar o povo e que vai criar obstáculos. Quero pedir à sociedade para se mobilizar porque precisamos derrubar esses vetos no Congresso Nacional, e vamos até ao STF para garantir vacina já para a população brasileira”, declarou Padilha.

Entre outros pontos, Bolsonaro vetou trecho da MP que obrigava a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a liberar o uso emergencial no Brasil de qualquer vacina já aprovada por agências sanitárias estrangeiras.

Segundo o artigo incluído na MP pelo Congresso, se a Anvisa não conseguisse concluir a análise de autorização do uso emergencial da vacina em cinco dias, ela seria obrigada a conceder de imediato o registro para utilização no Brasil. Nesse caso, o imunizante teria que possuir o mesmo tipo de autorização já concedido por países como Estados Unidos, Japão, China, Canadá, Reino Unido, Coréia do Sul, União Europeia, Rússia e Argentina.

Bolsonaro, o genocida
Padilha criticou ainda os vetos do presidente a artigos da MP que obrigavam a divulgação de uma lista pública com dados sobre a quantidades de vacinas compradas pelo Ministério da Saúde, a identificação dos fornecedores dos imunizantes e para quais estados seriam destinados.

O parlamentar também ressaltou que Bolsonaro vetou trecho da medida que autorizava a compra de vacinas por estados e municípios, e que permitia a participação desses na coordenação do Plano Nacional de Vacinação em conjunto com o Ministério da Saúde, como sempre ocorreu no País.

Médico infectologista, Padilha criticou ainda o veto de Bolsonaro a artigo da proposta que estabelecia diretrizes para que o Plano Nacional de Vacinação atendesse prioritariamente a população mais vulnerável, como pessoas com deficiência, e de trabalhadores até agora não atendidos das áreas de saúde e educação.

Héber Carvalho

 

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