A compra das 37 milhões de doses da vacina Sputnik V, do Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF), só avançou após reunião do Fundo como o ex-presidente Lula. A informação foi repassada pelo ex-ministro da Saúde, deputado Alexandre Padilha (PT-SP), nessa terça-feira (16). A reunião entre o ex-presidente e o diretor do Fundo, Kirill Dmitriev, ocorreu em novembro do ano passado através de videoconferência. Os ex-ministros da Saúde das gestões petistas participaram do encontro.
“Na reunião com o ex-presidente Lula, trabalhamos para que eles não desistissem e mostramos outros caminhos para a Sputnik, em especial com o Consórcio do Nordeste”, explicou Padilha.
Segundo o ex-ministro, no encontro virtual, Kirill Dmitriev -, diretor do Fundo que financiou o desenvolvimento da vacina – havia afirmado que a parceria com o governo do Paraná não havia progredido e que o fundo russo estava desistindo do Brasil.
Em relação à informação que circulou sobre um relatório do governo dos Estados Unidos elaborado na gestão de Donald Trump em que revela que os americanos pressionaram o Brasil para não comprar a Sputnik V, Alexandre Padilha esclareceu que essa informação não foi dada por Dmitriev na reunião.
“Mas a gente tinha ideia de que alguma pressão deveria estar sendo feita pelo governo Bolsonaro e o documento dos EUA mostrou que isso se concretizou”, afirmou Padilha.
As doses do imunizante integrarão o Plano Nacional de Imunização (PNI), do Sistema Único de Saúde (SUS), e serão distribuídas em todo o País, a partir de abril. O papel que o Ministério da Saúde desempenhará nesse processo será de intermediário.
Benildes Rodrigues com Agências