A Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontou o Brasil como um dos destaques na geração de empregos e distribuição de renda no mundo. A constatação faz parte do relatório O Mundo do Trabalho 2013: Reparando o Tecido Econômico e Social, divulgado nesta segunda-feira (3). Segundo a publicação, foram essenciais para obter este resultado ações como o Programa Bolsa-Família e a valorização do salário mínimo. Essas duas políticas, para a organização, explicam a redução da pobreza no país e o fortalecimento da economia nacional.
A consequência dessas políticas, segundo diz a OIT no relatório, foi o crescimento de 16% da classe média no Brasil entre 1999 e 2010.
Para o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) o estudo da OIT apenas confirma o sucesso das políticas adotadas pelos governos do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma Rousseff. “Esse estudo vem alinhado a vários outros de organismos internacionais que reconhecem as políticas sociais do governo brasileiro nos últimos dez anos como fundamentais para a redução da pobreza e, consequentemente, a geração de emprego e renda”, afirmou.
De acordo com a OIT, enquanto os países ricos estão em uma situação que pode se tornar “preocupante”, por causa dos efeitos da crise econômica internacional que começou em 2009, “nos países em desenvolvimento o desafio mais importante é consolidar os recentes progressos na redução da pobreza e da desigualdade”. A organização citou o estabelecimento de um piso salarial – por meio da fixação de salários mínimos – e de políticas de proteção social como essenciais para a situação atual desses países.
Em relação aos países desenvolvidos, constatou-se que a desigualdade de renda da população aumentou nos últimos dois anos. A principal justificativa foi o crescimento dos níveis de desemprego no mundo. A expectativa é que os atuais 200 milhões de desempregados cheguem a 208 milhões em 2015. Na última semana, a União Europeia registrou 26,5 milhões de desempregados.
Como forma de superar o problema, a OIT sugeriu a “eliminação das crenças negativas sobre intervenções dos governos no crescimento econômico e a capacidade que elas têm de diminuir a má distribuição de renda entre a população”.
“Se olharmos a história veremos que em vários momentos apenas o Estado pode induzir o desenvolvimento econômico. Isso ocorreu, por exemplo, nos Estados Unidos, Canadá e Japão”, lembrou Berzoini.
Héber Carvalho com informações da Agência Brasil