Odair Cunha: A verdade dos números

Deputado Odair Cunha. Foto: Gabriel Paiva

A mídia pode desdenhar, mas não há como negar os avanços econômicos obtidos no primeiro ano do governo Lula.

Os números revelam que o Brasil está no rumo certo. Continua a pleno vapor o processo de reconstrução nacional, que em pouco mais de um ano já garantiu ao País conquistas impensáveis no período entre o golpe de 2016 e os quatro anos do governo militarista passado. Com Lula, a renda das famílias brasileiras cresceu 11,7% em 2023, a maior alta desde o advento do Plano Real, em 1994. No ano passado, conquistamos ainda a menor taxa de desemprego nos últimos dez anos. O salário mínimo teve aumento real.

Contrariando os prognósticos do “mercado”, a economia cresceu 2,9% em 2023, alçando o Brasil do 11º para o nono lugar no ranking mundial. Treze milhões de pessoas saíram da insegurança alimentar. Todos os indicadores sociais e econômicos melhoraram significativamente. Com estabilidade e novas regras tributárias e no campo fiscal, o País tornou-se atrativo a investimentos. Só a indústria automobilística anunciou inversões de mais de 100 bilhões de reais até 2028 ou 2029, o maior ciclo de investimentos da sua história, na esteira do anúncio, no fim do ano passado, do novo regime automotivo criado pelo governo Lula.

Plano internacional

No plano internacional, houve a reinserção do País, agora também reconhecido pelo papel na contenção ao desmonte da democracia patrocinado pelo ex-presidente inelegível e que culminou uma tentativa golpista em 8 de janeiro de 2023. Ao contrário do ocorrido nos EUA, conseguimos prender, indiciar e punir golpistas.

O abissal retrocesso na área ambiental promovido pelo governo passado foi revertido. O Brasil reassumiu seus compromissos internacionais com o combate ao efeito estufa, estabeleceu a meta de atingir o desmatamento zero até 2030, normalizou suas relações com os doadores do Fundo Amazônia, lançou a proposta inovadora da “Opep das Florestas Tropicais”, decidiu promover a COP-30 em Belém e reduziu a área desmatada na Amazônia em cerca de 60%. Institui-se novo marco de uma economia de transição verde e com metas claras de mitigação.

Nosso país retomou suas posições históricas na área de direitos humanos e passou a ter protagonismo nas relações internacionais. Reativou o Mercosul, a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), organismos que haviam sido abandonados pelo ex-capitão. Também redinamizou a Organização do Tratado do Cooperação Amazônica (Otca), organismo regional estratégico para o desenvolvimento sustentável.

Reconquistamos ainda a condição de líderes mundiais em diferentes foros e,pela primeira vez, passamos a comandar o G-20, com uma agenda centrada no desenvolvimento sustentável. Nesse foro, o governo Lula conseguiu a façanha de inserir na agenda o debate sobre o combate às desigualdades, com ênfase na tributação dos super-ricos em escala global, na recente reunião de ministros da Fazenda e de presidentes de Bancos Centrais do G-20.

O grupo das 20 maiores economias mundiais ignora ou cuida do assunto combate às desigualdades marginalmente, mas agora o assimilou, dando ao Brasil protagonismo num tema de interesse de todos os povos. Internamente, por sinal, o País avançou nessa área, com a taxação de empresas offshores e dos fundos de investimento fechados, acessados só pela nata dos super-ricos, que agora passaram a ser tratados como outros contribuintes brasileiros.

Tributar os super-ricos

Os super-ricos do mundo precisam pagar tributos de forma compatível com suas fortunas. Hoje, os bilionários do planeta pagam uma alíquota efetiva de impostos equivalente a entre 0 e 0,5% de suas riquezas, conforme dados do EU Tax Observatory. Inadmissível esse privilégio. A despeito dos incontáveis avanços, a indústria de fake news da oposição distorce as conquistas e os fatos. O catastrofismo disseminado por redes sociais e por quem não tem compromisso com os interesses nacionais pode levar à falsa impressão de que o Brasil estaria à beira do colapso, fato desmentido pelas estatísticas.

É o caso, por exemplo, do lucro bilionário da Petrobras no ano passado, período em que encolheram os ganhos da petroleiras em todo o planeta. A estatal lucrou 124,6 bilhões de reais, segunda maior marca da história e superior à alcançada por petroleiras estrangeiras. Esse lucro excepcional, por certas abordagens disseminadas por rentistas, acabou passando para a opinião pública como “desastre”. Ora, a Petrobras é a petroleira que mais pagou dividendos aos acionistas em 2023, em comparação com outras cinco grandes companhias do setor: Chevron, BP, Total, Shell e Exxon Mobil. E vai continuar remunerando seus acionistas.

Combate as fakes news

Em tempos de fake news, a imprensa tem o papel central de informar corretamente, justamente para combater mentiras difundidas em diferentes redes sociais. Boas informações dificilmente aparecem no noticiário. Recente entrevista de Kristalina Georgieva, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), teve pouco destaque no Brasil. Ela acentuou o desempenho  econômico do País como positivo para a economia global, assim como nossa posição vantajosa na transição para uma economia mais verde e as consequentes oportunidades industriais que podem surgir.

É preciso reconhecer, entretanto, que, apesar da melhora da maioria dos indicadores econômicos em 2023, a aprovação do governo permaneceu apenas estável no ano. Isso não surpreende numa sociedade polarizada e submetida a fake news e distorções do noticiário, inclusive sobre a questão de Israel. Mas avançamos, mesmo considerando que em pouco mais de um ano é implausível produzir de forma rápida e generalizada transformações profundas com efeitos favoráveis, em todas as camadas sociais, a percepção sobre o dia a dia, embora as sementes já tenham sido plantadas, para uma colheita em médio prazo. O balanço, como mostram os números, é positivo.

O governo recuperou sua capacidade de planejamento estratégico e de investimentos públicos para que, em parceria com a iniciativa privada, possamos desenvolver o País com justiça social e respeito ao meio ambiente.

Artigo publicado originalmente na revista Carta Capital

*Deputado federal por Minas Gerais e líder da bancada do PT na Câmara.

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex