As graves denúncias de corrupção envolvendo o governo ilegítimo de Michel Temer, levou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a protocolar nesta quinta-feira (25), na Câmara dos Deputados, o pedido de impeachment de Temer. Ao analisar o trecho da conversa entre o presidente e o dono da JBS, Joesley Batista, a OAB considerou que o ilegítimo cometeu crime de responsabilidade. O empresário confessou a Temer que dois juízes e um procurador da Lava Jato atuavam sob seu comando.
A decisão da OAB de formular o pedido de impedimento contou com o apoio de 25 seccionais. A secção do Amapá votou contra e o Acre se absteve ao não comparecer na reunião do Conselho da Ordem que se posicionou favorável ao impeachment do governo golpista. O relatório apresentado pela entidade na semana passada é taxativo em apontar que “é crime de responsabilidade omitir-se do dever legal de agir diante de um crime”.
Ao se pronunciar sobre o tema, o presidente da OAB, Cláudio Lamachia disse que a entidade está cumprindo o seu papel de forma apartidária, de maneira democrática e, acima de tudo, a decisão é técnica. “A OAB se movimenta de acordo com a Constituição Federal, de maneira técnica, isenta e independente. Isto é o que nos compete fazer mesmo que lamentando”, afirmou Lamachia.
Com o pedido da OAB, a Câmara já acumula 17 pedidos de impeachment de Michel Temer. Desses, 13 foram protocolados após a delação da JBS, 4 foram apresentados no período do golpe, sendo um arquivado.
Benildes Rodrigues
Foto: Jocivaldo Vale