Núcleo de Educação do PT debate com conselheiros de tribunais de contas aplicação de recursos no ensino público

Professora Rosa Neide coordena o Núcleo de Educação. Foto: Reprodução

O Núcleo de Educação da Bancada do PT no Congresso debateu nesta segunda-feira (22), a aplicação dos recursos da educação por parte de Estados e municípios. A atividade coordenada pela deputada federal Professora Rosa Neide (PT-MT) contou com participação dos deputados Rogério Correia (PT-MG), Pedro Uczai (PT-SC) e Alencar Santana Braga (PT-SP); dos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) Cláudio Terrão e Durval Angelo, do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE-SC) Gerson dos Santos Sicca, do secretário de Estado de Educação do Piauí, Ellen Gera, de deputados estaduais mineiros e técnicos de Tribunais de Contas do País.

Deputado Alencar Santana

Professora Rosa Neide afirmou a importância do cumprimento da legislação que estabelece o investimento de 25% do orçamento em educação e 70% do Fundo Nacional de Manutenção e Desenvolvimento da Educação (Fundeb), no pagamento de salários dos profissionais da educação. Entretanto, “devido à pandemia muitos municípios têm tido dificuldade nesse cumprimento. Essa reunião é muito importante para colhermos orientações dos tribunais de contas, para que possamos dialogar com os gestores sobre como fazer a aplicação dos recursos da educação, apesar dos desafios causados pela pandemia”, disse Rosa Neide.

O deputado Rogério Correia citou que em Minas Gerais, o TCE autorizou os municípios a concederem reajustes aos profissionais da educação e ao final do ano, se ocorrer sobra de recursos para cumprimento dos 25% da educação, seja feito rateio dessas verbas restantes em pagamento aos educadores.

Deputado Rogério Correia

O conselheiro do TCE-MG Claudio Terrão confirmou a fala do deputado Rogério e afirmou que a Constituição Federal de 1988 tem precedência sobre a lei complementar 173/2020, que proibiu reajustes de salários em função da pandemia. “No TCE-MG temos entendimento da possibilidade de os municípios e o estado concederem reajustes aos profissionais da educação, para cumprimentos do 25% da educação e dos 70% do Fundo para pagamento dos profissionais”, observou o conselheiro.

O deputado Pedro Uczai (PT-SC) destacou a necessidade de unificação de um entendimento para o Brasil de como fazer aplicação dos recursos. Ele citou que a PEC 13/2021 aprovada no Senado e em tramitação na Câmara, permite que os recursos da educação não aplicados em 2020 e 2021, devido à pandemia, poderão ser aplicados nos próximo dois anos.

Deputado Pedro Uczai

“Não podemos terminar o ano com o entendimento de que está dinheiro na educação. Temos muitos problemas de estrutura de escola, de falta de leis de carreira no âmbito dos municípios, de entes que não cumprem o piso. Portanto, no debate e votação da PEC 13 não podemos deixar transparecer que há sobra de recursos para a educação, tanto que os gestores não conseguiram gastar. Muito pelo contrário, há sim: falta de verbas”, frisou.

O conselheiro do TCE-SC Gerson Sicca destacou que a Associação Nacional dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (ATRICON) tem posição contrária à PEC 13. “A exceção provocada pela pandemia que levou a não aplicação dos 25% em educação pode virar regra, caso abramos essas exceções”, alertou.

Claudio Terrão ressalvou que cada Tribunal de Contas de Estados tem autonomia para firmar seus entendimentos referente a julgamentos sobre a aplicação dos recursos da educação, por parte dos entes. Entretanto, reforçou que a ATRICON possui um Grupo de Trabalho atuando para firmar um entendimento unificado entre os TCEs.

O conselheiro do TCE-MG Durval Angelo informou que dos 823 municípios mineiros, somente 27 não atingiram em 2020, a aplicação dos 25% em educação. Ele também defendeu posição contrária à PEC 13.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, defendeu a aplicação dos 70% do Fundeb na educação. “A lei 173 que proíbe reajustes de salários não pode ter mais força que a emenda constitucional do Fundo, que determina o cumprimento de no mínimo 70% da arrecadação do Fundo no pagamento dos profissionais da educação”, afirmou. Durval Angelo concordou com a posição da CNTE e também defendeu o cumprimento da emenda constitucional 108, do Fundeb.

Os conselheiros também se colocaram contrários ao pagamento de psicólogos e assistentes socias que trabalham nas escolas, com recursos dos 70% do Fundeb, pelo fato de esses profissionais não estarem enquadrados na categoria de profissionais da educação, como estabelece a Lei de Diretrizes e bases da Educação (LDB).

Professora Rosa Neide destacou que as posições dos conselheiros e o debate ocorrido no Núcleo será compartilhado com a Bancada do PT, para aprofundamento do diálogo, tendo em vista a tramitação da PEC 13, na Casa.

A reunião contou ainda com a presença das vereadoras Cida Lima de Ipatinga (MG) e Iara Pimentel de Montes Claros (MG) e de assessoras técnicas do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT).

Assessoria de Comunicação

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100