No Senado: Tombini rechaça previsões pessimistas e cita fundamentos sólidos do Brasil

tombini18-03-14

Foto: Agência Senado

O presidente do Banco Central, ministro Alexandre Tombini, participou nesta terça-feira (18) de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), em atendimento a um requerimento feito pelo líder do Governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), para informar sobre as perspectivas de crescimento da economia, sobre o controle da inflação e sobre inserção do Brasil no cenário mundial, cada vez mais competitivo.

 Tombini minimizou um estudo do Banco Central norte-americano, o Federal Reserve, que indicava o País como a segunda economia mais vulnerável após a Turquia. “É perda de tempo reagir”, afirmou.

Tombini apresentou aos senadores os mesmos fundamentos que mostrou na segunda-feira ao secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jacob Lew, e que esvazia a tese de que o Brasil tem uma economia vulnerável. O presidente do BC disse que o estudo do FED tem vários problemas. “Tive a oportunidade de falar com o secretário do Tesouro. O estudo é frágil e as informações não ajudam. Certamente os mercados responderão na direção oposta. A moeda brasileira se comporta bem, temos redução do risco país e estamos recebendo investimentos estrangeiros”, comentou, acrescentando que somente 17% da dívida pública estão nas mãos de instituições de fora e o balanço de pagamentos é saudável por ser compatível com o financiamento vindo dos investimentos estrangeiros diretos.

“O fluxo de investimento direto em fevereiro foi de US$ 9,2 bilhões e nos primeiros oito dias úteis de março já chegou a US%$ 4,5 bilhões. O Brasil deve receber este ano US$ 65,3 bilhões em investimentos diretos. Esses fundamentos são sólidos e o Brasil tem respondido de forma clássica e apertando a política monetária para segurar a inflação. E temos usado colchões para suavizar os ajustes”, completou.

Para Alexandre Tombini, “o Brasil deve manter o patamar de crescimento do ano passado, com melhoria do investimento em infraestrutura e da qualidade da mão de obra”, afirmou. Ele  analisou que a inflação pode ficar pressionada por alimentos in natura, embora a tendência seja cada vez mais forte de ocorrer uma queda para níveis próximos ao centro da meta da inflação, de 4,5%, porque esses efeitos serão assimilados.

“Há um choque temporário que deve ser revertido nos próximos meses, mas a política monetária continua vigilante”, afirmou o presidente do Banco Central ao explicar que as secas provocaram pressão nos preços dos grãos e as chuvas, por sua vez, afetaram os preços dos produtos in natura.

PT no Senado com PT na Camara

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