Acaba de ser lançado em Brasília, o VII Relatório Luz da Sociedade Civil sobre a Agenda 2030, documento que tem como base os dados oficiais divulgados pelo governo Federal para analisar o cumprimento das metas previstas num plano para a construção de um mundo melhor para todos. Chamado de Agenda 2030, este plano se estrutura em 17 metas (os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – ODS), divididas em 5 eixos: Paz, Pessoas, Planeta, Prosperidade e Parcerias.
No meu mandato de deputado Federal, praticamente todas as iniciativas são pautadas por ao menos 1 dos 17 ODS’s, entre eles a segurança alimentar, a eliminação da pobreza e das desigualdades, o acesso ao trabalho, à saúde, à educação, igualdade de gênero, cidades sustentáveis, sociedades pacíficas, governança transparente, acesso à justiça, parcerias estratégicas entre outros. Se nós pensarmos nos problemas estruturais da nossa sociedade, seja no campo, nas florestas ou nas cidades, sempre haverá um ODS correspondente para enfrentá-lo.
Esta Agenda, assim como cada um dos seus objetivos, nasceu da necessidade de enfrentar não apenas as emergências climáticas, mas um modelo de sociedade que produz pobreza, exclusão, violência, déficit de educação e de moradia, falta de acesso à saúde e muitos outros problemas sociais, econômicos, políticos e ambientais. Se hoje ligamos a televisão e nos deparamos com desastres ambientais, como as fortes chuvas que castigaram São Sebastião (SP) ou o Rio Grande do Sul, este é um exemplo da materialização das mudanças climáticas, que precisam ser mitigadas e a Agenda 2030 nos mostra um caminho.
Há quem pense que estamos falando de questões abstratas, ou de pouco impacto no dia a dia da população brasileira, especialmente de quem vive nas cidades. Ledo engano – a Agenda 2030 nos traz ferramentas para pensar, por exemplo, em como gerar emprego e renda; garantir moradia para todos; combater o racismo e outras formas de discriminação; colocar comida na mesa das famílias brasileiras e muito mais. São problemas concretos e urgentes que precisam de iniciativas efetivas, mas também complementares e integradas, dos mais diversos setores da sociedade e do poder público. Se você está preocupado com um grande problema que assola o País, pode ter certeza, quem defende os ODS’s também está.
(*) Nilto Tatto é deputado federal (PT-SP)