O deputado Nilto Tatto (PT-SP) protocolou requerimento hoje (23) para que o projeto de lei que institui a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pnara) tramite em regime de urgência no plenário da Câmara dos Deputados. A iniciativa do deputado é uma espécie de contraponto à liberação indiscriminada de agrotóxicos que vem sendo praticada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, comandado por Tereza Cristina.
Mais de 160 novos agrotóxicos ou de combinação entre tipos já existentes foram permitidos no Brasil desde janeiro de 2019, fato inédito. Alguns deles são considerados muito nocivos ou foram até banidos em outros países.
“Precisamos alertar a sociedade brasileira sobre a falta de preocupação do governo Bolsonaro com a saúde humana, permitindo a chegada de alimentos envenenados à mesa de nossas famílias. Em nome da minoria predatória do agronegócio, que vê na liberação de agrotóxicos uma forma de maximizar lucros sem levar em conta os aspectos sanitários, querem submeter nosso povo à exposição desmedida a produtos banidos em outros países”, defende Nilto Tatto.
Portanto, a apreciação e aprovação da Pnara seria uma resposta da Câmara a esses retrocessos na questão ambiental. “Aprovar a Pnara na Semana do Meio Ambiente, na primeira semana de junho, é uma resposta dos parlamentares à sociedade de que estão ao lado da população e não dos interesses escusos de quem está no governo, defendendo um novo modelo de produção, ambientalmente responsável e sem prejuízo nenhum ao agronegócio brasileiro”, avalia o deputado do PT de São Paulo.
Para que o requerimento fosse apresentado ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Tatto contou com a assinatura do líder da Oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), e de outros 14 deputados integrantes da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara.
Assinaram o requerimento de urgência os seguintes deputados: Camilo Capiberibe (PSB-AP), Carlos Gomes (PRB-RS), Célio Studart (PV-CE), Daniel Coelho (Cidadania-PE), Dra. Vanda Milani (Solidariedade-AC), Fred Costa (Patriotas-MG), Joenia Wapichana (Rede-RR), Leônidas Cristino (PDT-CE), Paulo Bengtson (PTB-PA), Professor Joziel (PSL-RJ), Ricardo Izar (PP-SP), Rodrigo Agostinho (PSB-SP, presidente da CMADS), Vavá Martins (PRB-PA) e Zé Silva (Solidariedade-MG).
Assessoria Parlamentar