Nilto Tatto denuncia destruição no Meio Ambiente promovida por Bolsonaro e Ricardo Salles

O deputado Nilto Tatto (PT-SP) denunciou no plenário da Câmara Federal, nesta quarta-feira (2), os desmontes que o presidente Jair Bolsonaro e seu ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, vem promovendo em relação as políticas socioambientais brasileiras. O parlamentar também recordou os governos petistas que defendiam biodiversidade brasileira. O tema está em destaque durante essa semana quando acontece a Semana do Meio Ambiente que nesse ano tem como tema “Amazônia, resistência pela vida”.

“Temos um governo que tem uma visão antiambiental, antissocial, que usa a estrutura do Ministério do Meio Ambiente para destruir todas as regulamentações, leis e estruturas estatais, com o objetivo de legalizar práticas criminosas e dar apoio a todo tipo de bandidagem que pretendem ganhar dinheiro criminosamente às custas das populações ribeirinhas, dos povos tradicionais, quilombolas, indígenas e dos nossos biomas”, denunciou o deputado.

Para o parlamentar, o governo Bolsonaro, com sua política antiambiental, aflora a desconfiança de toda a comunidade internacional, é ridicularizado por seus ‘delírios ideológicos’ que tem arranhado as relações comerciais com parceiros importantes.

O Governo Federal apresentou o menor Orçamento ambiental dos últimos anos, que interrompeu programas ambientais, acabou com o Fundo Amazônia, com as políticas climáticas. Foi conivente com as queimadas no Pantanal, promoveu, liderou e incentivou o maior aumento percentual de desmatamento da história do Brasil desde que os índices de medição foram criados. Acabou com todos os programas de apoio à agricultura familiar que fortalecia e incentiva a ações agroecológicas.

“Bolsonaro e Salles são os típicos ecocidas, genocidas. São complacentes, senão cúmplices, de criminosos ambientais que tentam implementar o mesmo modus operandi miliciano que a família Bolsonaro conhece bem. Inclusive usando cargos de confiança como jagunços para intimidar servidores do Ibama e do ICMBio”, afirmou Nilto Tatto.

Ministro investigado

Nilto Tatto também falou sobre Ricardo Salles e as investigações que o ministro é alvo, como a exportação ilegal de madeira e a tentativa de atrapalhar as investigações da Polícia Federal. “Hoje temos no Brasil, sentado na cadeira do MMA, um ministro que está há quase duas semanas praticamente desaparecido, tentando se livrar da Polícia Federal. Que está na sua cola investigando práticas criminosas. Hoje vemos o MMA como um entreposto de projetos de destruição ambiental. Fato inédito na história do Brasil, hoje o próprio ministro é quem coordena as ações de favorecimento a criminosos ambientais, não à toa está sendo investigado por conluios com traficantes de madeira, tentar prejudicar o trabalho de investigação da PF e por enriquecimento ilícito”.

Para o parlamentar, o Brasil já ultrapassou a linha do que poderia ser considerado aceitável em relação às diversas visões de mundo sobre a política socioambiental.

País mais justo e sustentável

Nilto Tatto pediu para que todos os parlamentares deixem de lado o viés ideológicos e pensem juntos num país mais justo e sustentável e que sejam aprovados projetos de lei que fortaleçam políticas ambientais de combate ao desmatamento na Amazônia e contenha a destruição da biodiversidade.  Também propôs que todos trabalhem juntos para que sejam realizadas reformas socioambientais no Brasil.

“Aprovar já o PL, que já apresentei, estabelecendo o PPCDAM como política de estado, permanente. Moratória de 5 anos para o Desmatamento da Amazônia; reverter os subsídios das cadeias produtivas de alta emissões de gases de efeito estufa para outras de baixa emissões; tributar as altas emissões de gases de efeito estufa; uma Reforma Tributária Justa, Solidária e Sustentável”, destacou.

O parlamentar paulista também defende a instalação de uma CPI para apurar o desmonte ambiental, os crimes de Salles e de todos seus cúmplices. “Não devemos esquecer nunca, que o Brasil é um dos países mais injustos do planeta, economicamente e socialmente. Mas também é um dos países mais ricos. Pela sua diversidade biológica, pela diversidade étnica e cultural. Essa riqueza é o nosso passaporte para o futuro. Futuro que não está muito longe”, disse Tatto.

“Sabemos que precisamos fazer nossa parte para enfrentar a crise climática e ao mesmo tempo enfrentar a desigualdade. Reconstruir esse país é necessário e urgente. As ruas, as pesquisas, já estão dizendo o que o povo quer. O povo sabe o que quer novamente. O Brasil sabe que já teve um governo melhor. Vamos juntos derrotar o atraso representado pelo governo Bolsonaro. Vamos juntos construir um país mais justo, soberano, inclusivo e sustentável”, apontou Nilto Tatto.

Defesa do Meio Ambiente

Nilto Tatto relembrou os governos Lula e Dilma que adotavam medidas contra o desmatamento e em favor dos povos originários e do Meio Ambiente. Segundo o parlamentar, historicamente durante a Semana Nacional do Meio Ambiente, os governos petistas anunciavam uma série de medidas em defesa do meio ambiente, em especial para as populações tradicionais que ajudam a conservar a rica biodiversidade brasileira.

“Essa casa priorizava votar Leis de interesse do Meio Ambiente, do povo brasileiro, inclusive para as futuras gerações. Não é o que presenciamos hoje. Nem por parte do Governo e nem nessa casa”. E completou: “Nossa rica e bela sociobiodiversidade que é o passaporte fundamental para um projeto de país justo e sustentável, está em risco”, lamentou.

 

Lorena Vale

 

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