Há chefes de Estado que crescem nos momentos de crise, mostrando uma capacidade aguçada de ler a situação e revertê-la em benefício da população. Outros, como é o caso do atual presidente do Brasil, se apequenam, colocando o rabo entre as pernas e dizendo que nada podem fazer, quando na verdade, não tem interesse ou capacidade para conduzir o País.
Não apenas a economia ou a saúde do nosso povo estão ameaçadas, mas a própria vida. Chegamos em 550 mil óbitos pela Covid-19; quase 15 milhões de desempregados e aproximadamente 50% da população economicamente ativa trabalhando na informalidade. Enquanto pequenas, médias e grandes empresas fecham as portas, o governo Federal ignora o sofrimento do povo, mas garante privilégios à uma série de criminosos.
Entre os grupos cujas demandas são prontamente atendidas, se destacam alguns empresários sonegadores; garimpeiros; grileiros de terras; madeireiras ilegais e milícias que, apesar de atuarem fora da lei, recebem tratamento VIP do governo genocida. Para o conjunto da população, a demora na compra das vacinas; a aquisição de medicamentos ineficazes; o superfaturamento de insumos; o corte no auxílio emergencial e nenhuma política de geração de emprego.
Outros grupos tratados com carinho pela presidência da República têm sido os ruralistas e grandes conglomerados internacionais. Estamos falando de setores da economia que não tiveram nenhum prejuízo durante a pandemia e que, consequentemente, não precisariam de auxílio do governo. No entanto, estes segmentos tem sido beneficiados com gordas isenções e incentivos, além de privatizações à preço de banana.
Mas não só de farsas, fraudes e desvios de finalidade vive o miliciano genocida – ele também é um exímio disseminador do ódio e mentiras. Ódio contra povos indígenas, quilombolas, a população LGBTQIA+, as mulheres, moradores das periferias e pessoas em situação de rua. Ódio também contra seus opositores, a quem frequentemente ameaçou de morte ou de exílio. As fake news não ficam atrás e vão desde pequenas contradições até a calúnia, a difamação e a inauguração de obras realizadas por governos anteriores. Enfim, um desgoverno completo.
Nilto Tatto é deputado federal (PT-SP)