Na CCULT, presidente em exercício da Câmara defende derrubada dos vetos às leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc II

Deputado Marcelo Ramos e presidenta da CCult, deputada Rosa Neide. Foto: Lula Marques

A audiência requerida pela deputada Rosa Neide também defendeu adiamento da 4ª Conferência Nacional de Cultura que o governo pretende realizar este ano.

O presidente em exercício da Câmara, deputado Marcelo (Ramos PSD-AM) e a presidenta da Comissão de Cultura, deputada Professora Rosa Neide (PT-MT) abriram na tarde desta quarta-feira (11), a audiência pública Expresso 168, confirmando a articulação do Congresso do Congresso Nacional, visando a derrubada dos vetos do presidente Bolsonaro às leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc II. Parlamentares e gestores culturais de todo País também defenderam o adiamento da 4ª Conferência Nacional de Cultura, que o governo federal pretende realizar ainda este ano.

Marcelo Ramos criticou os vetos e destacou que o Congresso tem o compromisso de pautá-los. “Temos um veto político de alguém que acha que pode escolher o que é o que não é cultura no Brasil. Meu voto será pela derrubada dos vetos às leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo. A cultura sobreviverá a todo esse momento de intolerância e preconceito”, afirmou.

O deputado também observou que uma Conferência debate e propõe políticas para o futuro. “Não temos nenhuma condição política de instalarmos uma Conferência de Cultura neste ano, sem termos clareza de qual será o futuro político do País. O projeto implantando hoje no Brasil é um projeto de anticultura, porque cultura não combina com intolerância, com preconceito e violência. Para debatermos o futuro da cultura temos que aguardar a manifestação do povo brasileiro nas urnas”, avaliou.

Conferências

Durante a abertura da audiência Professora Rosa Neide destacou que o Brasil já realizou três Conferências Nacionais de Cultura. “A primeira ocorreu em 2005, a segunda em 2010 e a terceira em 2013. A quarta estava prevista para 2017, mas até hoje não aconteceu”, lembrou.

“Esse Expresso 168, contando com a presença do presidente Marcelo, dos deputados e deputadas e com os representantes da cultura nacional, é para que a gente coloque foco nessa questão. Como realizar uma Conferência neste ano eleitoral, com tempo exíguo? Uma Conferência que precisa contar com as etapas municipais, estaduais e a etapa nacional?”, explicou Rosa Neide. A deputada também criticou os vetos e adiantou que a Comissão e todo segmento cultural brasileiro está mobilizado pela derrubada.

Ataque à cultura

O líder da minoria na Câmara, deputado Alencar Santana Braga (PT-SP) disse que o ataque à cultura é uma constante no atual governo federal. “Se hoje há cultura no País se deve aos produtores e artistas, ao trabalho das secretarias de Estado e dos municípios e ao Parlamento que aprovou as legislações de apoio ao setor no período da pandemia. O atual governo trabalhou o tempo todo contra o setor cultural. O governo acaba de vetar duas leis importantes para cultura, então é muito estranho que agora queira fazer a Conferência Nacional, no último ano da gestão”, afirmou.

O secretário de Cultura do Espírito Santo e Presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura, Fabrício Noronha, disse que o Conselho Nacional de Políticas Culturais se posicionou, recentemente, contrário à realização da quarta Conferência, este ano. “Fomos surpreendidos com a portaria do governo editada no último dia quatro, convocando a Conferência. Entretanto, por 14 a 10, o Conselho votou pelo adiamento”, disse.

Presente ao evento, o secretário adjunto de Estado de Cultura de Mato Grosso, Jan Moura, elogiou a deputada Rosa Neide pelo fato de sua primeira ação como presidenta da Comissão ter sido a apresentação do requerimento de realização do Expresso 168. “Mato Grosso e nosso País ganham muito com a senhora na presidência da Comissão de Cultura”, elogiou.

Moura citou que “a Cultura é um direito de todos e todas, consagrado na Constituição, além disso é um segmento econômico. Por isso vetar a cultura é vetar um setor que gera emprego e renda para 5,6% da população brasileira, é vetar um segmento econômico que representa mais de 4% do PIB brasileiro e gera 6,6 milhões de empregos”, detalhou. O secretário destacou a mobilização dos gestores estaduais pela derrubada dos vetos.

Autora da lei Aldir Blanc I, a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) também defendeu o adiamento da Conferência Nacional. “Precisamos lutar pela derrubada dos vetos e para realização da Conferência e aprovação do novo Plano Nacional de Cultura (PNC), a partir do próximo ano”, recomendou.

A audiência contou ainda com participação da presidenta da Fundação Cultural de Curitiba e do Fórum Nacional de Cultura das Capitais e Municípios Associados, Ana Castro; da secretária Municipal de Cultura e Turismo de Ribeirão Preto (SP) e Vice-Presidente do Fórum Nacional de Cultura, Isabela Pessotti; da secretária de Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, Beatriz Araújo; entre outros gestores e produtores culturais.

Deputados José Guimarães e Alencar Santana na audiência sobre Cultura. Foto: Lula Marques

Entre os parlamentares também participaram os deputados do PSB, Bira do Pindaré (MA) e Tadeu Alencar (PE); do PCdoB, Jandira Feghali (RJ) e Renildo Calheiros (PE); do PT, José Guimarães (CE), Airton Faleiro (PA), Leo de Brito (AC) e Pedro Uczai (SC); e do MDB, Emanuel Pinheiro Neto (MT).

 

 

 

 

 

 

Assessoria de Imprensa da deputada Professora Rosa Neide

 

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