Na Alemanha, Lula encerra agenda em encontros com ex-chanceler e presidente da FES

Presidente Lula durante encontro com Martin Schulz, presidente da Fundação Friedrich Ebert Foto: Ricardo Stuckert

No último dia de agenda de trabalho na Alemanha, nesta terça-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou  com o ex-chanceler alemão e ex-presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Horst Köhler.

Finalizando a sua agenda, Lula também recebeu em audiência o presidente da Fundação Friedrich Ebert, Martin Schulz. A FES é a fundação política mais antiga da Alemanha e mantém diversas parcerias com organizações da sociedade civil no Brasil.

O governo brasileiro divulgou vídeo pelo X (ex-Twitter) mostrando o encontro de Lula com Martin Schulz.

Cenário geopolítico e presidência do G-20

Em seu encontro com Horst Köhler, o presidente Lula abordou temas importantes como a necessidade de equacionar o endividamento de países africanos e o esgotamento de instituições multilaterais diante do atual cenário geopolítico internacional.

Köhler deu os parabéns a Lula por ter conseguido, em suas gestões anteriores à frente da Presidência, pagar antecipadamente a dívida que o Brasil tinha com o FMI. “Isso não acontece muito”, ressaltou. Eles abordaram as dívidas dos países africanos com o Fundo na perspectiva de como isso dificulta o desenvolvimento econômico dessas nações, e citaram a instabilidade em alguns territórios, com conflitos armados, como outra vertente dos desafios atuais no continente.

Lula antecipou a Köhler a intenção de debater no G20 como os países podem trabalhar para atingir os objetivos de desenvolvimento para 2030. O Brasil assumiu, na última sexta-feira, a Presidência do G20. O mandato tem duração de um ano e se encerra em 30 de novembro de 2024. É a primeira vez que o país ocupa essa posição na história do grupo no formato atual.

Na liderança do G20, o Brasil pautará assuntos prioritários do terceiro mandato do presidente Lula: o combate à fome, à pobreza e à desigualdade, além das três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômico, social e ambiental) e a reforma da governança global.

“Queremos maior participação dos países emergentes nas decisões do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional. A insustentável dívida externa dos países mais pobres precisa ser equacionada. A OMC tem que ser revitalizada e seu sistema de solução de controvérsias precisa voltar a funcionar. Para recuperar sua força política, o Conselho de Segurança da ONU precisa contar com a presença de novos países em desenvolvimento entre seus membros permanentes e não permanentes”, afirmou Lula, em pronunciamento na semana passada.

Acordos

No primeiro dia de agenda, na segunda-feira, o presidente Lula teve encontros com o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, com a chefe do Conselho Federal Alemão, Manuela Schwesig, e com o chanceler do país, Olaf Scholz.

Do site do Planalto

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