A troca de elogios e ‘perdões’ entre Sérgio Moro e Onyx Lorenzoni não é só de conveniência de políticos. Quanto mais perto da posse, fica cada dia mais claro que ambos são mesmo aliados em nome de um objetivo comum: exterminar a esquerda no país.
Exemplo disso é uma revelação que o deputado federal fez sobre o passado dos dois em entrevista recente à GloboNews.
Onyx conta que o colega de ministério idealizou dois instrumentos que possibilitaram a prisão política de Lula em 2005, mais de dez anos antes da Lava Jato iniciar a caçada ao ex-presidente.
“Os 2 fatores – a lavagem de dinheiro como crime principal, e a revisão da lei de delação premiada – foram a diferença entre no ‘mensalão’ não ter chego [sic] no Lula, e no ‘petrolão’ ter chegado no Lula”, disse ao jornalista Roberto D’Ávila.
À época, o futuro chefe da Casa Civil de Bolsonaro atuava como sub-relator das Normas de Combate à Corrupção da CPI dos Correios, e convidou Moro para atuar no projeto.
Orgulhoso da amizade antiga, ele diz que foram sugestões de Moro duas mudanças que levaram à condenação de Lula anos mais tarde: a formalização da delação premiada e a transformação do crime de lavagem de dinheiro de crime acessório para crime principal, com pena máxima de até 12 anos.
Ele mesmo explica o motivo: “[O crime principal] permite essas condenações volumosas em anos e os ajustes depois”, referindo-se aos acordos de delação premiada – que, como se vê hoje, são levados a sério mesmo sem qualquer prova
Os trâmites começaram em 2006, a partir de um projeto da deputada Serys Shlessarenko – ex-filiada ao PT – que virou lei no ano de 2013.
A deputada federal Margarida Salomão (PT-MG) escreveu em seu twitter: “Peixe morre pela boca. Em entrevista, Onyx Lorenzoni admite que a perseguição de Moro a Lula tem sido executada desde 2005. Está claro porque ele recebeu o ‘perdão’ de Moro pelo Caixa 2. Uma certeza: está cada vez mais perto do dia de #LulaLivre virar realidade.”
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Agência PT de Notícias