Modo petista de atuação parlamentar é destaque em projeto vivenciado por universitários na Câmara

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Desde segunda-feira (21), 140 jovens universitários vivenciam na prática as atividades políticas do Parlamento. Eles fazem parte do projeto Politeia, idealizado e promovido pelo Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (IPOL- UnB), com apoio da Câmara, que tem como objetivo oferecer aos participantes o conhecimento e a vivência do Parlamento.

Segundo a organização do projeto, esse método proporciona ao aluno a possibilidade de simular as principais decisões tomadas no País e a oportunidade de compreender como funciona o Congresso Nacional e a dinâmica das instituições democráticas da nação.

Durante a Politeia, que vai até a próxima sexta-feira (26), estudantes de todo o Brasil vão atuar como deputados, integrando partidos políticos e comissões, e apresentando projetos. A maioria dos alunos estuda Ciências Políticas, mas muitos outros cursam Direito, Economia, Relações Internacionais, entre outras áreas.

Assim como ocorre na Câmara, a bancada petista é a maior na Politeia. Ela é composta por 33 deputados e integra o Bloco Social, juntamente com o PMDB. Os outros dois blocos são formados pelo PSD, PP, PR, PSB (Bloco Independente), e pelo PSDB-DEM (Bloco da Minoria).

Apesar de representar a maior bancada, os petistas na Politeia enfrentam dificuldades para aprovar projetos por conta do conservadorismo da maioria dos participantes. Para a estudante de Ciências Políticas da UnB (líder do PT no evento e simpatizante do partido) Raíssa Mendes, a bancada tem firmes posições progressistas.

“Os deputados do PT na Politeia defendem bandeiras históricas do partido. Temos atuação destacada na Comissão do Trabalho – em propostas como expansão da licença maternidade e paternidade, legalização da prostituição com reconhecimento dos direitos trabalhistas das (os) profissionais – e na ampliação de direitos das novas famílias- formadas por casais homossexuais, como a licença paternidade e legalização da adoção de crianças”, afirmou.

A líder destacou ainda projetos ligados à descriminalização do aborto, defesa dos trabalhadores do campo e da agricultura familiar, e contra a criminalização dos movimentos sociais. “São projetos difíceis de serem aprovados, porque assim como ocorre no Congresso Nacional, a maioria dos deputados da Politeia é conservador”, afirmou.

Um exemplo dessa posição, segundo ela, é a existência de um projeto que limita a candidatura a cargos políticos apenas as pessoas com ensino fundamental completo. “Consideramos a proposta antidemocrática, porque discrimina as pessoas em função da formação escolar”, adiantou.

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Raíssa Mendes, líder da bancada do PT na Politeia

CCJC – O PT ocupa ainda outra posição de destaque na Politeia. A estudante de economia da UnB, Mariana Sinício, é a presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC). Ela destaca o protagonismo dos petistas no colegiado. “As matérias na CCJC são as mais diversas. Vão desde alterações na lei de licitações, até as questões de direitos humanos. Já tivemos projetos importantes aprovados aqui, como o que desapropria terrenos para a reforma urbana e o que proíbe o uso de símbolos religiosos em órgãos públicos, todos de parlamentares do PT”, revelou.

Filiado ao partido e membro da juventude do PT do Distrito Federal, o estudante de Direito da UnB e deputado da Politeia, Rodrigo Costa, disse que “essa é uma oportunidade de comprovar a importância do Parlamento para o País”.

“O Poder Legislativo é muito mais democrático que o Poder Judiciário. No STF, por exemplo, apenas 11 ministros decidem uma questão importante para o País. Já aqui no Parlamento, 513 parlamentares decidem após amplo debate e participação da sociedade”, ressaltou.

Héber Carvalho com informações do Projeto Politeia
Fotos: Rogério Tomaz Jr./PT na Câmara

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