Miriam Belchior faz previsão otimista da economia para 2015

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Foto: Salu Parentes/PTNACÂMARA

Com a previsão do fim da crise financeira internacional, em 2015, que impulsionará a retomada do crescimento econômico e do comércio mundial, o Brasil vai crescer mais no ano que vem. A previsão, da ministra do Planejamento Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, ocorreu nesta terça-feira (29) durante audiência pública na Comissão Mista de Orçamento. Na reunião foi apresentado aos parlamentares o Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentaria (PDLO) do Executivo para o próximo ano. O colegiado é presidido pelo deputado petista Devanir Ribeiro (SP).

Segundo a ministra, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para o próximo ano será de 3%, e o montante total do PIB alcançará R$ 5,733 trilhões. Ainda, de acordo com Miriam Belchior, o crescimento do país previsto para os próximos anos vai continuar sendo “impulsionado pelo mercado interno brasileiro, sustentado pela geração de emprego e acesso ao crédito, e pelos investimentos do governo em infraestrutura pública”.

Junto com o crescimento, a ministra anunciou que a meta do superávit primário também vai aumentar. A soma deve chegar a R$ 143,3 bilhões, com possibilidade de abatimento de 5% do total (cerca de R$ 28,7 bilhões) com os investimentos realizados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Mas as prioridades nos investimentos do governo federal continuam a ser o Programa Brasil sem Miséria, o PAC, e o Programa habitacional Minha Casa, Minha Vida”, destacou Miriam.

Durante a reunião, a ministra do Planejamento destacou ainda a força demonstrada pelo País no enfrentamento à crise financeira internacional iniciada em 2008. “O Brasil mostrou que está mais preparado para enfrentar as crises no atual momento do que esteve durante a crise de 1998″, explicou. Segundo Belchior, o país tem hoje um grande montante em reservas internacionais e uma dívida externa equilibrada. ” Hoje o Brasil é credor do Fundo Monetário Internacional, FMI”, lembrou.

Histórico– A crise de 1998, conhecida como crise asiática, afetou profundamente o Brasil durante o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso. Durante o período, o preço das commodities caiu em todo mundo e a Rússia, cuja economia depende largamente da exportação de commodities como gás natural e petróleo, declarou calote de sua dívida externa privada de curto prazo. A manobra acendeu a luz de alerta entre os investidores, que passaram a evitar mercados emergentes, inclusive o do Brasil.

Com poucas reservas e com o real valorizado artificialmente, o Brasil foi afetado pela forte fuga de dólares. O governo tucano de FHC reagiu elevando a taxa de juros, que chegou ao pico de 45% no início de 1999, e desvalorizou o Real, que até então mantinha a paridade com o dólar. As medidas afetaram o crescimento da economia e geraram desemprego, inflação e perda no poder de compra dos brasileiros.

Héber Carvalho

 

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