Ministro da Transparência do governo golpista de Temer cai por tentar esconder corrupção

CGU

Trama para barrar as investigações da Operação Lava-Jato derruba mais um ministro do governo golpista e interino de Michel Temer. Desta vez, quem deixa a Esplanada é Fabiano Silveira, ministro da Transparência (antiga CGU). Ele aparece em conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, com a cúpula do PMDB, procurando alternativas para impedir o avanço da Lava-Jato. Nesta segunda-feira (30), presidente Michel Temer chegou a afirmar que manteria Silveira no cargo, mas a repercussão negativa – incluindo a decisão dos 23 chefes de representações estaduais da Controladoria-Geral da União de entregarem seus cargos – levou Silveira a pedir demissão.

Na conversa gravada por Sérgio Machado em fevereiro passado, na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Fabiano Silveira faz críticas à Lava-Jato, à Procuradoria-Geral da República e dá orientações para a defesa de investigados em esquema de desvios de recursos na Petrobras, como o próprio senador Renan e Sérgio Machado.

O deputado Wadih Damous (PT-RJ) disse que “o chefe do golpe (Temer), que tomou de assalto a Presidência da República” até tentou preservar Silveira. E ironizou: “Se a cada semana um dos seus ministros estiver no centro de um escândalo – e têm tudo para estarem porque sua equipe é composta por pessoas investigadas e envolvidas em corrupção – não vai sobrar ninguém”. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) foi o primeiro a cair por conversas gravadas por Sérgio Machado, também conspirando contra a Lava-Jato.

Wadih Damous faz questão de enfatizar que Fabiano Silveira também é envolvido na trama do golpe para “arrancar” a presidente eleita com mais de 54 milhões de votos do Poder. “Antes do afastamento da presidenta Dilma, Fabiano Silveira, que era do Conselho Nacional de Justiça, criticou a Lava-Jato, disse que o procurador-geral, Rodrigo Janot, e os demais procuradores estavam perdidos e orientou o presidente do Senado, sobre como enfrentar as investigações”, destacou.

Twitter O deputado Henrique Fontana (PT-RS) usou a sua conta no twitter para fazer avaliação semelhante à do deputado Damous.  “Do jeito que vai o governo ilegítimo de Temer, vai perder todos os ministros. Não esperem soluções de governo como esse”, escreveu.

O ex-ministro Jaques Wagner lembrou, também no seu twitter, que em menos de uma semana, Silveira é o segundo ministro de Temer a ser acusado de obstruir a Lava-Jato, “mostrando claramente que o governo ilegítimo não tem nenhum compromisso com o combate à corrupção”. 

E o deputado Leo de Brito (PT-AC) destacou em seu twitter #Em 3 semanas de governo golpista, 2 ministros demitidos e muita lambança.

Quem também usou o twitter para criticar o epsódio foi o líder da minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), que avaliou que “os golpistas de Temer e Cunha vão se revelando aos poucos”.

O deputado Zé Geraldo (PT-PA) destacou no seu twitter a manifestação dos funcionários do Ministério da Transparência, citando que o ministro Fabiano, encarregado pelo golpe “para desmontar a CGU, foi impedido de entrar em seu gabinete”, e acrescentou que, “no governo Temer, com o ministro Fabiano Silveira, Controladoria Geral da União – CGU – virou Esconderia Geral da Corrupção – EGC”.

O deputado Zeca Dirceu (PT-PR) citou no seu twitter que cerca de 200 ocupantes de cargos de direção e assessoramento superior (DAS) e outros 23 chefes de representações estaduais da Controladoria Geral da União entregaram seus cargos em protesto contra o ministro interino da Transparência.  A deputada Margarida Salomão (PT-MG) escreveu em sua conta no twitter: “A transparência a serviço da obstrução da Justiça”.

Manifestações – Revoltados com a postura do então ministro da Transparência, os servidores da antiga CGU organizaram uma série de manifestações nesta segunda-feira. Entre elas, a “higienização simbólica” do gabinete de Fabiano Silveira e protestos em frente ao prédio, pedindo a saída de Silveira e a volta da Controladoria-Geral da União.

O Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon Sindical) também defendeu, em nota divulgada à imprensa nesta segunda-feira, a exoneração de Fabiano Silveira. Segundo o sindicato, o ministro “demonstrou não preencher os requisitos de conduta para estar à frente de um órgão que zela pelo combate à corrupção”.

Vânia Rodrigues, com Agências

Foto: Antoni Cruz/Agência Brasil

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