O deputado Fernando Marroni (PT-RS) contestou em plenário nesta terça-feira (2) a proposta divulgada em rede social pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de promover um referendo sobre a redução da maioridade penal juntamente com as eleições municipais de 2016. O parlamentar considerou que, embora louvável a inciativa de ouvir a população, a iniciativa vinda do presidente da Casa “é um tanto quanto seletiva”.
“Por que não colocamos o fim do financiamento empresarial em um plebiscito? Por que não perguntamos se a população brasileira é a favor ou contra que as empresas financiem as campanhas eleitorais? O que o nosso presidente está fazendo, com todo o respeito, é jogar para a torcida”, disse Marroni.
O deputado classificou a iniciativa ainda de sensacionalista, já que a consulta popular traveste a questão de um caráter democrático. “Tudo isso, menos de uma semana após ter manobrado um golpe institucional, dentro da Câmara dos Deputados, que constitucionalizou o financiamento empresarial”, afirmou o petista, em referência à decisão de Eduardo Cunha de colocar novamente em votação o financiamento empresarial de campanha, derrotado em votação anterior.
“Queria saber por que toda a oposição desta Casa posicionou-se contra a ideia da presidenta Dilma de realizar um plebiscito e votar a Reforma Política através de uma Constituinte exclusiva? Simples: Cunha e seus aliados sabem que, hoje, a maior parte da população brasileira defende a redução da maioridade penal. Assim como sabem, também, que a população está contrária à ideia de financiamento empresarial. Gostaria de fazer um desafio, no bom sentido, ao presidente Eduardo Cunha: vamos levar a plebiscito, juntamente com a redução da maioridade penal, o financiamento empresarial de campanhas?”, concluiu.
PT na Câmara