Margarida Salomão expõe fracassos de gestão tucana em Minas nos últimos 10 anos

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Em discurso no plenário da Câmara nesta quinta-feira (13), a deputada Margarida Salomão (PT-MG), criticou a grande mídia brasileira por desqualificar os avanços experimentados pelo País nos últimos anos 10 anos, enquanto esconde os pífios resultados apresentados no mesmo período pelos governos do PSDB em Minas Gerais. De acordo com a parlamentar, o último decênio dos tucanos em Minas “tem sido marcado por um constante sufocamento do contraditório”.

 

“Quem perde com isso são os mineiros e as mineiras, que se veem privados do direito de discutir democraticamente seu próprio Estado”, acusou Margarida. Segundo a deputada, por este motivo cabe aos representantes eleitos revelar a verdade à população mineira, e ao País, “e garantir que este espaço de reflexão esteja de fato instalado”.

 

Ainda de acordo com a parlamentar, um dos supostos “feitos” realizados pelo PSDB em Minas, o tal “choque de gestão”, apenas ganhou corpo no Estado, e no País, graças a uma “grande cobertura publicitária institucional paga pelo orçamento do Estado”. Segundo Margarida, o discurso do equilíbrio entre receitas e gastos do governo que supostamente “permitiu” melhorar a execução das políticas públicas no Estado é falso.

“Tal meta teria sido alcançada logo nos primeiros meses de governo tucano, e sustentado, desde então. Contudo, imperam dúvidas sobre os números que comprovariam tal feito”, alertou Margarida. Ainda segundo a deputada, os professores da Universidade Federal de Minas Gerais, Fabrício Augusto de Oliveira e Cláudio Gontijo, alertaram que o suposto equilíbrio fiscal de Minas baseou-se em “empréstimos tomados nos últimos dez anos”.  

 

“Tal feito só teria sido concretizado não pelo equilíbrio das receitas e dos gastos, apenas uma maquiagem contábil produzida por inúmeras tomadas de crédito —empréstimos — realizadas pelo Governo nos últimos anos e consideradas como renda”, apontou Margarida. A parlamentar disse ainda que esse comportamento estimulou o aumento da dívida do estado que só cresceu nos últimos anos, “estando hoje na casa dos 69 bilhões de reais”.

 

De acordo com a parlamentar, há dois problemas graves nessa situação. O primeiro é o da própria “maquiagem” dos dados que, a partir do conceito contábil, esconde o fracasso dos tucanos em fazer aumentar as receitas de Minas Gerais. Margarida lembrou que reportagem desta semana publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, aponta que outros 11 Estados brasileiros tiveram crescimento de arrecadação superior a Minas Geria nos últimos 10 anos.

 

Na avaliação da parlamentar mineira, o outro problema é na área social. Segundo ela, regiões mais distantes são as mais prejudicadas. “A minha região, a Zona da Mata, vive situação de abandono. Há anos, sofremos com a agressiva política fiscal do Rio de Janeiro, a qual tem feito com que nossas indústrias e empresas tenham atravessado a fronteira”, destacou. Margarida Salomão disse que a resposta do Governo de Minas “não só foi tardia, como ainda, até agora, materializa-se como um retumbante fracasso”.

 

Ela ainda criticou a política de redução da mortalidade infantil, “que caiu menos do que no restante do País”, além dos índices da educação. “Enquanto no Brasil o índice no Ideb melhorou 30,8%, em Minas a melhora foi de apenas 22,5%”, ressaltou.

 

Já na segurança pública, de acordo com Margarida, o número de homicídios no Estado subiu 14,1%, enquanto que no restante do Brasil reduziu-se em 3%”, afirmou. Na área da saúde, os números são ainda piores. “Nos últimos 10 anos, o Governo de Minas Gerais não criou um único leito público”, acusou.  

 

Héber Carvalho

Foto: Salu Parente/PT na Câmara

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