A deputada federal Margarida Salomão (PT-MG) participou de reunião nesta semana, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). No encontro, a parlamentar e entidades ligadas ao ensino superior, pediram apoio a Maia para descontingenciar recursos à educação. “O presidente Rodrigo Maia é, hoje, o principal interlocutor político dentro da Câmara junto ao governo. Precisamos desse apoio para conseguir vencer o ano. Temos emergências como o corte das bolsas da Capes e o descontingenciamento dos recursos para as universidades. Isso foi tema, de um acordo realizado no plenário da Câmara, que não foi plenamente cumprido pelo Ministério da Educação”, destacou a presidenta da subcomissão especial de financiamento de Ciência e Tecnologia, Margarida Salomão, após reunião com Rodrigo Maia e representantes da Associação Nacional Dirigentes de Institutos Federais de Ensino Superior (Andifes), Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e outros parlamentares.
Ex-reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora e presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Federais, Margarida Salomão destacou que o grupo terá duas frentes de trabalho para conseguir manter o funcionamento do sistema de ensino e pesquisa públicos no Brasil em 2019.
“Foi feito um acordo público para conseguir suplementar R$ 330 milhões este ano para o CNPq, já que a Lei Orçamentária já previa recursos a menos. A outra frente é para descontingenciar os orçamentos das universidades e institutos federais, o que está sendo cumprido a conta-gotas. Entretanto, o que nos preocupa imediatamente é corte de mais de 5.800 bolsas da Capes. Isso significa desmontar a pós-graduação no Brasil”, destacou a parlamentar, ao lembrar da aprovação em junho do projeto (PLN 4/19) que autorizou em junho a abertura de crédito suplementar de R$ 248,9 bilhões para cobrir despesas correntes, incluindo os recursos para a educação superior.
Margarida também destacou que a oposição irá atuar obstruindo as votações de interesse de interesse do governo, enquanto o acordo não for cumprido. “Política é uma via de duas mãos. Eles precisam honrar a palavra no que se refere aos recursos para a Educação Superior”, finaliza.
Assessoria de Comunicação
Foto: Lula Marques