A deputada federal Margarida Salomão (PT-MG) comentou as vitórias recentes no financiamento da educação superior pública no Brasil: a liberação de R$ 250 milhões, pagos pela Petrobras em um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que complementarão o pagamento das bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) até o final do ano, e a notícia de que recursos para as universidades também serão descontingenciados.
“Isso é uma vitória parcial porque nós temos a tarefa de viabilizar os recursos do CNPq e Capes para o ano que vem. De todo modo, quero deixar claro o meu descontentamento com este método, o da asfixia. É impossível fazer gestão com planejamento, se você está sempre vivendo da mão para a boca. Isso não é forma de tratar as universidades, os institutos federais, a Educação. Isso é uma Educação abaixo daquilo que o povo brasileiro tem o direito de cobrar e de desejar”, afirmou a presidenta da subcomissão especial de financiamento de Ciência e Tecnologia.
A coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Federais frisou que a atitude do governo com a Ciência e Tecnologia, essenciais para a retomada do desenvolvimento econômico no Brasil, são muito estreitas, fiscalistas. “Sem nenhuma imaginação só dizem que não há dinheiro, como se não houvesse formas alternativas de gerar receitas como, por exemplo, cobrar impostos de forma mais justa: desonerando os pobres e fazendo os ricos pagar o que não pagam”, destacou a ex-reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Assessoria de Comunicação
Foto: Lula Marques