O deputado Marcon (PT-RS) protestou, em plenário, pela condenação de José Rainha , ex-liderança do MST e atual líder da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL). “Venho me manifestar hoje acerca de um processo que, ao nosso ver, está sendo orquestrado contra a esquerda e os movimentos sociais pelo Brasil a fora”, disse.
José Rainha foi condenado pela 5ª Vara Federal em Presidente Prudente (SP) a 31 anos e 5 meses de reclusão pelos crimes de extorsão, formação de quadrilha e estelionato, além do pagamento de multa.
“O que nos estranha é que uma condenação como essa, vem num momento onde uma onda de acusações contra a esquerda se generaliza no país. Tudo isso disseminado por movimentos feitos pelo judiciário nas primeiras instâncias e que tem deixado o mundo jurídico em alvoroço, pelas aberrações jurídicas que se tem observado”, disse.
O deputado Marcon citou ainda a Operação Lava Jato, “onde o cerceamento de defesa está sendo deixado de lado. Primeiro, se prende e depois se averigua”, protestou.
Lembrou Marcon que enquanto José Rainha que entregou sua vida para a luta, está sendo condenado, no caso da ativista Dorothy Stang, do Pará, já se passaram dez anos da sua morte e a situação dos réus é exemplo de impunidade.
“Pois os mandantes do assassinato da missionária vítima do conflito pela posse da terra no Pará ainda estão soltos. Morosidade que cria a sensação de que a Justiça do país pode ser parcial e seletiva”.
PT na Câmara
Foto: Lúcio Bernardo/Agência Câmara