O deputado Marcon (PT-RS) afirmou, durante pronunciamento no plenário da Câmara, na última quinta-feira (13), que o atual momento de crise política em que vive o País é resultado do inconformismo da burguesia conservadora com os avanços sociais garantidos ao povo brasileiro durante os 13 anos de governos do PT. Ele disse, ainda, que a aversão à melhoria da qualidade de vida da população mais pobre foi um dos motivos do golpe parlamentar que destituiu o mandato da presidenta eleita Dilma Rousseff.
“Foi o Lula quem deu condições para filho de pedreiro, de torneiro mecânico, de empregada doméstica, de trabalhador do campo, para índio e para negro sentarem-se em um banco de escola, em um banco de universidade. Foram Lula e Dilma que descobriram que, neste País, criança pode estudar em escola infantil, em creche, o que só havia no imaginário popular”, destacou.
O parlamentar lembrou que antes de Lula e Dilma, em sua cidade natal- Rondinha- e onde milita politicamente, Ronda Alta (região norte do Rio Grande do Sul), os estudantes que desejam frequentar uma universidade tinham que mudar para a capital, Porto Alegre, ou para Santa Maria, a 300 quilômetros.
“Depois do Lula e da Dilma, há 5 campi universitários naquela região, que compreende também os municípios de Frederico, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Erechim e Chapecó. E é isto o que essa burguesia não quer, que os ricos não querem, que os latifundiários não querem: que filho de pobre se sente em um banco universitário para estudar, que um trabalhador simples se transforme em um trabalhador formado, com curso superior de dentista, médico, advogado, que seja doutor’, afirmou.
Segundo Marcon, esse foi um dos motivos por que, ano passado, “com o voto dos deputados da direita conservadora, e patrocinado por grupos econômicos, ocorreu um golpe que tirou do poder uma mulher séria, honesta e trabalhadora: a Presidente Dilma”. “Isso contribuiu para que chegássemos aonde chegamos”, disse em relação a crise política atual.
Ainda sobre este momento, o parlamentar gaúcho apontou como culpados a Rede Globo, parte do judiciário e de detentores do poder econômico como responsáveis pelo golpe que “retirou uma mulher séria da Presidência para formar uma quadrilha no Palácio do Planalto”. Ao se dirigir aos deputados no plenário, Marcon cobrou ainda a aprovação do prosseguimento da denúncia contra Temer no STF.
Héber Carvalho