O coordenador da Bancada Gaúcha no Congresso Nacional, deputado Marcon (PT-RS), defendeu nesta quarta-feira (3/7), na Câmara dos Deputados, o trabalho do colegiado em defesa do estado. Durante audiência pública da Comissão Externa sobre Danos Causados pelas Enchentes no Rio Grande do Sul, que contou com a presença de prefeitos da região, Marcon explicou que algumas ações importantes adotadas pelo governo Lula, como o adiantamento do saque do FGTS e a liberação antecipada da restituição do Imposto de Renda para atingidos na tragédia climática, foram sugestões da Bancada Gaúcha.
“A Bancada Gaúcha tem feito toda semana reuniões com ministros aqui em Brasília para ajudar o nosso estado. A Bancada Gaúcha sempre teve posição em defesa do Rio Grande. Por isso já conseguimos junto ao governo a liberação de praticamente todas as emendas, individuais e de bancada, além do adiantamento do FGTS, em mais de R$ 1 bilhão, e também da restituição do imposto de Renda para o povo gaúcho, que foi uma demanda da Bancada Gaúcha atendida pelo governo”, enumerou Marcon.
O parlamentar lembrou ainda que, na condição de coordenador da bancada, tem acompanhado as visitas de todos os ministros ao Rio Grande do Sul, principalmente na resolução de problemas ligados às rodovias (desobstrução e restauração) como na área da saúde, com liberação de mais de R$ 1,8 bilhão para reconstrução de hospitais e suprir as demandas do setor no Rio Grande do Sul.
Politização da tragédia
Durante seu pronunciamento, o coordenador da Bancada Gaúcha criticou ainda parlamentares de oposição que, em meio a tragédia, utilizam as dificuldades enfrentadas pelo estado para fazer oposição ao Governo Lula. “Quem quer fazer política, que faça quando o povo tiver feliz, mas não neste momento no qual o estado está em clima de velório”, pontuou.
Apesar da observação, o deputado Marcon disse ainda aos prefeitos reunidos na audiência pública que, apesar de apoiar o Governo Lula, tem cobrado a liberação de mais recursos para o estado. Ele defendeu, principalmente, a anistia da dívida de agricultores que perderam sua produção com as enchentes.
“Sobre a questão das dívidas dos agricultores, temos feito reuniões com o ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e o ministro Carlos Fávaro (Agricultura), e minha opinião é pública: temos que anistiar a dívida de quem perdeu a sua produção. Seja por alagamento, enchente ou por quem não tem condição de pagar. Estamos trabalhando junto ao governo para anistiar as dívidas. Podem contar com a Bancada Gaúcha, os 31 deputados e deputadas, e os 3 senadores, pois estamos do lado de vocês para reconstruir o nosso Rio Grande”, disse.
Héber Carvalho