Na quarta-feira (10), das 9h às 13h, haverá uma manifestação no gramado em frente à Alameda das Bandeiras, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, pela aprovação do texto original do projeto de lei (PL 1487/2019), que visa a proibição da criação de pássaros em gaiolas e viveiros.
A manifestação foi chamada pelo Grupo de Estudos sobre Direitos Animais e Interseccionalidades (Gedai), Fórum Nacional de Proteção Animal, Ampara Silvestre, Frente de Ações pela Libertação Animal (FALA), ProAnima – Associação Protetora dos Animais do DF e Setorial de Direitos Animais do Partido dos Trabalhadores. Os representantes das entidades estarão no local para uma coletiva de imprensa às 11 horas.
Em outubro, com relatório favorável do deputado Nelson Barbudo (PSL-MT), a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável aprovou o substitutivo apresentado pelo deputado Joaquim Passarinho (PSD-PA), transformando o que era originalmente um projeto de proteção aos pássaros num texto em defesa de cativeiro animal. O substitutivo regulamenta a criação e comercialização de pássaros, em vez de tratar de sua libertação, como prevê o texto original.
Violência injustificada
“A prisão desses animais em pequenas caixas cercadas de grades, com água e comida, por mais que sejam bem providos com alimentos e remédios, é uma forma de violência injustificada”, criticou o deputado Nilto Tatto (PT-SP), autor da proposta original.
A advogada do Fórum Animal, Ana Paula de Vasconcelos, lembra que o projeto original visa impedir que pássaros sejam aprisionados ou criados em cativeiro. “O Fórum Animal está em campanha pelo banimento da criação de animais de todas as espécies da vida em gaiolas. Os pássaros são emblemáticos desta luta pela libertação animal”, explica.
Para Vanessa Negrini, coordenadora do Gedai, quem tem asas quer voar. “Com a pandemia, sentimos na pele como é ficar confinados dentro de casa. Mesmo com água e comida, ficamos tristes e amargurados por não podermos sair nas ruas livremente. Agora imagina se você nasceu um pássaro e teve sua liberdade roubada e uma vida confinada na gaiola. É uma tortura sem fim”, afirmou a professora.
Prisão e sofrimento
Para Mauricio Forlani, gerente de pesquisas da Ampara Silvestre, manter aves em gaiolas é um dos maiores crimes do ser humano contra os animais. “Foi muito baixo transformar o PL 1487 que visava acabar com essa crueldade e torná-lo na lei que vai sentenciar a prisão e sofrimento de milhares de aves para sempre. A natureza dos pássaros é voar, e não ficar preso em gaiolas”, afirmou o biólogo.
A Frente de Ações pela Libertação Animal – FALA também está apoiando o ato. “Pássaros em gaiolas é uma ideia arcaica e retrógrada. Construímos aviões para voar e gaiolas para prender quem nasceu com asas. Não faz sentido. Em pleno século 21, com o avanço dos Direitos Animais, não podemos compactuar com essa ideia antiética e especista”, defendeu Tailinny Viana, porta-voz da organização.
“Na simplicidade de suas pouquíssimas linhas, o PL representa uma lei áurea para todos os pássaros cruelmente condenados a viverem sua vida numa prisão, impedidos de voar e de viver a vida que a natureza lhes destinou”, afirmou Luiza Ribeiro, representante da ProAnima.
SERVIÇO
Data: 10/11/2021, quarta-feira
Horário: Das 9 às 13 horas
Coletiva de imprensa: 11 horas
Local: Gramado da Esplanada dos Ministérios, em frente à Alameda das Bandeiras
Orientações: Use roupa branca e máscaras, mantenha o distanciamento social, não participe se estiver com sintomas de Covid.
Para mais informações: (61)99677-2600
Assessoria de Comunicação