Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, mais uma vez, seu compromisso com o povo brasileiro. Em nova entrevista, desta vez concedida a Glenn Greenwald, do The Intercept Brasil, ele ressalta o caráter arbitrário de sua prisão política, que já dura mais de um ano. Mas destaca que está ainda mais preocupado com a situação política e econômica em que o País se encontra desde o golpe que tirou sua sucessora, Dilma Rousseff, da Presidência.
“A verdade é que nos governos petistas as pessoas mais pobres subiram um degrau na escala social começaram a entrar na universidade, frequentar restaurante, frequentar aeroporto e isso começou a incomodar a elite brasileira”, relembra. Lula avalia que esse legado está sendo destruído: “ Jair Bolsonaro (PSL) está há quase cinco meses no governo e ninguém escuta falar em crescimento, desenvolvimento, investimento, geração de renda… O País está abandonado. Só se fala em cortes orçamentários”.
Para Luiz Inácio Lula da Silva, que foi o melhor presidente da história do País, ao ser eleito, um bom líder deveria “respeitar e governar para todo mundo”. O lema é o oposto do que tem sido colocado em prática por Bolsonaro e a resposta a isso tem se dado nas ruas. No último dia 15, mais de dois milhões de estudantes, trabalhadores e trabalhadoras protestaram contra os cortes na educação em mais de 200 municípios brasileiros. Uma nova mobilização está marcada para o dia 30.
Sobre isso, Lula ressalta que, “mesmo sem ter formação superior, sou o Presidente da República que mais colocou estudante na universidade, que mais criou universidade federal e que mais fez escolas técnicas na história do país. Também o que mais fez política de transferência de renda e mais aumentou o salário mínimo”.
Lula ressalta ainda que a Operação Lava Jato foi um jogo para impedi-lo de participar das eleições de 2018. “Se eu fosse candidato as pessoas não teriam votado em Jair Bolsonaro (PSL)”.
A entrevista foi divulgada nesta terça-feira (21). Essa foi a terceira vez que o ex-presidente pode falar abertamente com o público desde que está mantido em cárcere político. Em abril, havia concedido entrevista para os jornalistas Mônica Bérgamo (Folha de S. Paulo) e Florestan Fernandes Jr. (El País). Depois, falou com Kennedy Alencar para a BBC, rede de televisão britânica.
Veja a entrevista na íntegra
Da Agência PT de Notícias