Em vídeo divulgado em sua página no facebook, o deputado Wadih Damous (PT-RJ) alertou para o golpe de Estado que está em curso no Brasil e afirmou que hoje (4) o ex-presidente Lula foi sequestrado e não conduzido coercitivamente para a sede da Polícia Federal no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
“Não nos iludamos, o que está em curso aqui no Brasil é um golpe de Estado associado aos grandes meios de comunicação. O que aconteceu hoje em São Paulo, essa condução coercitiva do ex-presidente Lula, nós temos que corrigir, não foi uma condução coercitiva, foi um sequestro perpetrado pela polícia federal, a mando do juiz da Lava Jato (Sérgio Moro)”, denunciou Damous.
A condução coercitiva, explicou Wadih Damous, acontece quando alguém é intimado a depor perante o juiz e não comparece, se rebela e o juiz manda conduzir coercitivamente, obrigatoriamente. O ex-presidente Lula, enfatizou o deputado do PT-RJ, jamais se negou a depor. “Ele sequer foi intimado a depor nessa operação, até porque o juiz da Lava-Jato não é competente para apurar os fatos relativos aos pedalinhos em Atibaia. Não é competente para investigação de um triplex no Guarujá que não pertence ao ex-presidente lula. Isso é da competência da Justiça de São Paulo”, afirmou.
Na verdade, continuou Damous, o juiz da Lava-Jato, que hoje põe o País “de joelho”, as instituições democráticas “de joelhos”, quer é fixar a sua competência para a investigação do ex-presidente Lula. “Ele quer, com os seus amigos dos grandes meios de comunicação, obrigar o Supremo Tribunal Federal a fixar a competência da República de Curitiba para investigar o presidente Lula. Isso nós temos que barrar nas ruas. Golpe de Estado não se assiste de braços cruzados. Ou nós reagimos e asseguramos a nossa democracia, que custou tantos sangues, tantos sacrifícios, tantas vidas para ser conquistada, ou nós vamos entrar em um retrocesso sem precedente aqui no País”, alertou.
Mobilização – Wadih Damous anunciou que está indo para São Paulo para, junto com o Partido dos Trabalhadores, militância e movimentos sociais, preparar a resistência. “Vamos nos mobilizar, vamos organizar a nossa resistência, porque nós não podemos permitir que esse golpe avance”. Ele alertou que dia 13 de março vai ser igual à Marcha de Deus pela família, que aconteceu em 1964. “Então, neste momento nós temos que nos lembrar de Getúlio Vargas, de João Goulart, de Leonel Brizola. Temos que barrar esse golpe. Não podemos cometer os erros de gerações que nos precederam, tendo ilusões de que o que está em acontecendo faz parte do jogo político, dos arranjos da democracia”. Wadih Damous foi taxativo: “Não. Nós estamos diante de um golpe de Estado em curso aqui em nosso País”, concluiu.
Vânia Rodrigues
https://www.facebook.com/wadihdamous
Foto: Gustavo Bezerra
Mais fotos: www.flickr.com/photos/ptnacamara
Ouça o deputado Wadih Damous na Rádio PT
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