O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou nesta segunda-feira (14), na abertura da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), a responsabilidade de todos em produzir um documento que atenda a maioria da população brasileira. “É preciso extrair a essência. A sociedade brasileira anseia pela democratização dos meios de comunicação.
A nossa tarefa é tirar o melhor documento que a sociedade já foi capaz de produzir”, defendeu. Para o presidente, é hora de estabelecer novas relações e de apontar novos caminhos. Para tanto, lembrou, é preciso que todos estejam irmanados com o mesmo sentimento e disposição a fim propor alteração, principalmente na legislação que “está ultrapassada”.
De acordo com Lula, a Conferência deve cobrar debate público e transparente sobre a questão, principalmente dos postulantes à Presidência da República. Segundo ele, os candidatos devem se pronunciar sobre o tema de forma a expor ao País as ideias e convicções que defendem.
Lula disse ainda que a imprensa é livre e reafirmou compromisso que sempre teve com a liberdade de expressão. No entanto, fez questão de lembrar que muitas vezes a imprensa despreza os fatos, publica inverdades, dissemina calúnias. “A verdade é que os leitores, ouvintes, telespectadores sabem separar o joio do trigo. As críticas são implacáveis e severas à manipulação. Nada melhor para reparar os excessos cometidos pela imprensa que a própria liberdade de imprensa”, lembrou.
O presidente lamentou a ausência de setores do empresariado na conferência. Para Lula, esses atores perderam a oportunidade de defender suas ideias. Na opinião do presidente, cada um sabe onde o “calo aperta”. Lula acredita que não é se ausentando, ou tentando congelar o passado, que se lida com tema de tamanha complexidade e importância.
A conferência segue nesta terça-feira (15) no Centro de convenções, Ulisses Guimarães, em Brasília.
Benildes Rodrigues