O ex-ministro das Comunicações Franklin Martins visitou o ex-presidente Lula nesta quinta-feira (12) e afirmou que Lula está convicto e determinado a ser candidato nas eleições de outubro. Ele contou que o ex-presidente tem consciência de que querem mantê-lo preso para impedir o povo de ouvir o que fala ele fala. “Mas o presidente Lula sabe também que se enganam os que pensam que vão derrotar as suas ideias. Elas estão na experiência do povo que melhorou de vida, que ganhou cidadania, que viu o País ser respeitado, e que agora, nesse governo, viu seus direitos destruídos. Lula vai ser candidato e vai ser presidente de novo”, afirmou Franklin Martins.
O ex-ministro também visitou a Vigília Lula Livre e destacou a importância dessa resistência nesses quase 100 dias que Lula é mantido preso político em Curitiba. “Querem fazer com que o presidente Lula suma do cotidiano dos brasileiros, que ele desapareça das disputas políticas, fazer com que ele se sinta sozinho. Mas vocês nesse tempo todo fizeram com que ele jamais estivesse sozinho. Ele foi acordado com um bom dia e sempre recebeu o boa noite na hora de dormir. Lula sabe que suas ideias não estão presas e ele é maior do que os seus algozes”, disse.
Emoção – O ex-chanceler Celso Amorim também esteve com Lula nesta quinta-feira e não escondeu a sua emoção nesse reencontro. “Foi emocionante e me impressionou muito ver a força de espírito e a clareza das ideias do ex-presidente Lula. Tivemos uma discussão absolutamente lúcida sobre as questões nacionais. Lula não está preocupado com ele – claro que ele fica muito indignado quando ele fala da sua inocência e insiste para que apresentem uma prova contra ele -, mas como grande líder político do País Lula quer e vai ser presidente de novo, porque está convencido de que o Brasil precisa reencontrar o caminho da igualdade, da justiça social, da soberania nacional e da democracia”.
Lula também reafirmou a Celso Amorim que não vai trocar a sua dignidade pela liberdade. O ex-chancelar disse ainda que Lula tratou com muita tranquilidade os acontecimentos do último domingo (8), com as manobras jurídicas que o impediu de ser libertado. “Mas evidentemente também demonstrou indignação de ver que quando há uma brecha na Justiça, que era o juiz correto, com competência para agir, ser desautorizado por um juiz que estava férias”, completou.
Vânia Rodrigues