Nesta sexta-feira (11), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com especialistas e ex-ministros da área econômica para discutir a conjuntura brasileira, num cenário de empobrecimento da população e dificuldade de acesso a itens básicos por causa da inflação que não para de crescer.
Dados divulgados nesta semana pelo IBGE registram IPCA – índice oficial de inflação – de 0,54% em janeiro, o maior para o mês desde 2016. Em 12 meses, a inflação acumulada é de 10,38%. Parte dessa pressão inflacionária está relacionada a reajustes de preços controlados pelo governo. A gasolina, por exemplo, avançou 46% em 2021, enquanto o óleo diesel subiu 47% e o gás de cozinha mais de 36%.
O ex-presidente Lula tem demonstrado preocupação especial com os preços dos combustíveis dolarizados, com a política de preços repassando a variação do mercado internacional, enquanto os trabalhadores e as classes mais pobres perdem poder de compra e vivem no aperto, já que os reajustes salariais, em sua maioria, não estão acompanhando a variação da inflação.
Um cenário bem diferente dos tempos do PT no poder, quando mais de 80% dos acordos salariais foram acima da inflação garantindo a manutenção do poder de compra dos salários. Em 2021, apenas 15,8% dos reajustes superaram a inflação. Quase metade foi abaixo.
O descompasso e a falta de cuidados do governo federal com as parcelas mais pobres da população são dramáticos e fizeram com que o Brasil andasse para trás, contabilizando hoje um universo de 19 milhões de pessoas que voltaram a passar fome e 116 milhões com alguma situação de insegurança alimentar. Sem dinheiro para comprar nem mesmo o que comer, as famílias se endividam. O endividamento médio dos brasileiros em 2021 foi de 70,9%.
Lula tem tido encontros periódicos para discutir a realidade brasileira e pensar soluções. Já foram debatidos temas como saúde, educação e ciência e tecnologia. Os encontros acontecem na Fundação Perseu Abramo (FPA), que mantém o Núcleo de Acompanhamento de Políticas Públicas (Napp).
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