Lula continua forte e determinado em enfrentar a perseguição jurídico-midiática que o mantém como preso político há 40 dias, em provar sua inocência e em voltar a governar o Brasil. Nesta quinta-feira (17), o ex-ministro Fernando Haddad, responsável pela formulação do programa do governo Lula, e a presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), estiveram com ele e reforçaram seu vigor em elaborar um plano de governo ousado, para fazer mais do que já fez.
Depois do encontro, Gleisi e Haddad concederam entrevista ao lado dos deputados Pepe de Lula Vargas (PT-RS), presidente do PT-RS, e Zé Carlos Lula (PT-MA). “Lula está desejoso de reverter o quadro em que o Brasil está, em recuperar a autoestima sobretudo das pessoas mais pobres, as que mais têm passado necessidades. Ele viu as notícias sobre o preço do gás, da gasolina, do mercado, e não está conformado com a venda do patrimônio público como está acontecendo hoje”, relatou Haddad.
O ex-ministro disse ainda que saiu do encontro “muito animado com as diretrizes” discutidas e convicto de estar ao “lado de uma pessoa muito incomum, uma pessoa incrível e capaz de colaborar com os destinos do País”. “Eu discuti o plano de governo, a situação crítica que o País vive, e a determinação de Lula de fazer um terceiro governo ainda melhor do que os outros primeiros”, completou.
Ao descrever suas impressões sobre o encontro, Gleisi disse ter visto um presidente firme, disposto e preocupado com o País. “Claro que quer provar sua inocência. Ele disse: ‘estão falando de indulto. Eu não quero indulto. Indulto é para culpado, é um perdão. E eu sou inocente e quero Justiça no meu processo’”, contou a presidenta. “Ele está determinado a lutar pelo Brasil. Já governamos o País, já deixamos um legado, e Lula está super disposto a enfrentar esse debate”, afirmou.
Haddad também reforçou essa firmeza do ex-presidente e seu potencial em elaborar saídas para o Brasil. “Estou muito impactado com a primeira visita que faço a Lula. Ele está muito bem, eu poderia dizer que é como se estivesse em uma sala do Instituto Lula do ponto de vista de sua capacidade de pensar o País e dirigir o Brasil, de perceber a realidade que o povo está vivendo, a necessidade de mudança nas eleições. Essa usurpação do poder por esse governo precisa ser revertida pelo voto do povo brasileiro”, afirmou Haddad.
Disposição – Lula está disposto, animado, fazendo uma hora e meia de esteira por dia e cuidando da saúde. Pediu que fosse dito que não tem como agradecer a solidariedade de todos que estão em Curitiba, que mandam cartas, que mandam energias positivas. “Não vamos deixar que uma prisão injusta seja naturalizada. Não é correto, não é certo, porque ele é inocente”, reforçou a senadora Gleisi, saudando homens e mulheres que se mantêm em vigília nas imediações do prédio da Superintendência da Polícia Federal onde o ex-presidente é mantido como preso político.
A senadora lembrou da importância de combater a campanha de desinformação que tenta propagar a ideia de que Lula não poderá registrar sua candidatura, e que mesmo nas últimas eleições 145 prefeitos concorreram em situação similar. “Lula está com direitos políticos preservados. Ele pode concorrer e estar no processo eleitoral. É candidatíssimo e é o candidato do PT!”
Incentivo ao diálogo – Segundo Haddad, o ex-presidente defendeu que ideias bem implementadas em governos progressistas pelos estados sejam incorporadas ao projeto nacional. “Ele incentivou isso vivamente. Lula é o primeiro a estabelecer o diálogo. Ele liderou a vida inteira, e o diálogo é do interesse dele, é do interesse que partidos progressistas que se opõem ao governo Temer mantenham o diálogo independentemente de terem ou não candidato próprio. O diálogo tem que ser mantido.”
PT na Câmara com Agência PT de Notícias