A deputada Luizianne Lins (PT-CE), integrante da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News, avaliou nesta quinta-feira (28), sobre a retomada dos trabalhos da Comissão e a possibilidade de anulação das eleições presidenciais de 2018. Para ela, há elementos suficientes para que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) casse a chapa Bolsonaro-Mourão.
A deputada adiantou que membros que compõem o colegiado irão reunir-se remotamente, amanhã (29), às 11h30, para pedir a retomada dos trabalhos do colegiado e sugerir uma audiência com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, para encaminhar o vasto material produzido pelo colegiado que, segundo ela, pode contribuir com o inquérito conduzido pelo ministro sobre fake news.
“A CPMI está mais viva do que nunca – mesmo a reunião não acontecendo -, porque a conjuntura trouxe vários elementos que puxaram a comissão para o centro do debate político, especialmente porque houve toda essa questão ligada à Polícia Federal, a qual revelou que era esse inquérito que estava conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes que Bolsonaro queria mirar”, argumentou Luizianne.
Por isso, continuou a parlamentar, “a gente vai reunir amanhã para pedir a retomada imediata dos trabalhos da CPMI e sugerir à relatora da CPMI, deputada Lídice da Mata (PSB-BA), para que toda a documentação e provas que a comissão já tem, sejam levadas ao STF”
Eleições
A deputada Luizianne Lins comemorou a decisão do ministro Alexandre de Moraes de ter incluído no inquérito que apura a veiculação de notícias falsas contra STF, parte do período eleitoral de 2018. Com isso, o ministro determinou a quebra de sigilo de apoiadores de Jair Bolsonaro, entre eles, os empresários Luciano Hang (dono das lojas Havan), Edgard Corona, (dono das academias BioRitmo e SmartFit), o humorista Reynaldo Bianchi Junior, os blogueiros Winston Lima e Allan dos Santos, e o ex-deputado federal Roberto Jefferson.
“O que o Alexandre de Moraes fez foi importantíssimo. A quebra de sigilos, dos empresários para ver se eles colaboraram, financiaram com o esquema de difusão de fake news em massa, ele (Alexandre de Moraes) confirma de uma certa forma que está investigando o “gabinete do ódio” que é controlado por Carlos Bolsonaro. Então, em cima disso, tem toda a possibilidade de a gente solicitar anulação do processo eleitoral de 2018”, argumentou Luizianne.
Segundo a deputada, a Polícia Federal adiou uma operação que seria deflagrada contra a família de Jair Bolsonaro e que poderia interferir no primeiro e segundo turno das eleições presidenciais de 2018.
“Essa eleição foi uma fraude a partir das fake news. Então está ficando cada vez mais claro que foi uma eleição eivada de mentiras, de fake news, de interferência da PF no pleito, então eu acho que os elementos estão posto para solicitar a anulação da chapa Bolsonaro-Mourão”, reiterou.
Benildes Rodrigues