Em discurso na Câmara, o deputado Luiz Couto (PT-PB) citou as reflexões do Papa Francisco que, novamente, sinalizou para o estado laico. “Ele afirmou que o futuro está na diversidade, não na homogeneização de um pensamento único, teoricamente neutro, chamou os católicos a terem a coragem e se apresentar da forma como são, sempre em respeito à crença dos outros”, disse Luiz Couto.
“Dialogar não significa abrir mão da identidade (…) e muito menos ceder a um compromisso sobre a fé e a moral cristã. O diálogo inter-religioso e a evangelização não são mutuamente exclusivas, mas alimentam-se mutuamente, enquanto outros líderes religiosos sentem a evangelização como uma agressão”, afirmou Luiz Couto.
Ao analisar esta reflexão do papa, o deputado Luiz Couto destacou a importância do diálogo, do respeito, da diversidade e das crenças de cada um, sempre respeitando seu próximo e o amando como a si mesmo. “Não devemos julgar para não sermos julgados. O que temos por obrigação é pregar o evangelho e anunciar o Reino dos céus, sem que a parte ouvinte seja coagida com atos que venham a desrespeitar sua dignidade humana”, observou.
Para ele, a intolerância religiosa é um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a diferentes crenças e religiões. “Em casos extremos, esse tipo de intolerância tem-se tornado uma perseguição. Sendo definida como um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana, a perseguição religiosa é de extrema gravidade e costuma ser caracterizada pela ofensa, discriminação e até mesmo atos que atentam à vida de um determinado grupo que tem em comum certas crenças. A morte é o principal foco para o massacre através da intolerância”, refletiu o deputado.
Ele lembrou ainda que as liberdades de expressão e de culto são asseguradas pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pela Constituição Federal.
PT na Câmara
Foto: Gustavo Bezerra
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