Uma pesquisa sobre os advogados que atuaram de forma voluntária e gratuita durante a ditadura militar, defendendo os presos políticos no Brasil, está sendo transformada em livro por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ) e da Fundação Getulio Vargas.
O trabalho foi coordenado pelo historiador Oswaldo Munteal e pelos professores Paulo Emílio Martins e Fernando Sá. Os originais foram enviados nesta semana à editora da PUC/RJ. A publicação tem o título provisório de Advogados: A Defesa dos Presos Políticos na Ditadura de 1964.
Segundo Munteal informou à Agência Brasil a obra contém relatos de 15 advogados, inclusive Sobral Pinto e Heleno Fragoso, que já morreram.. Profissionais como Técio Lins e Silva, Hélio Bicudo, Marcelo Cerqueira, Modesto da Silveira, Marcelo Alencar também deram seus depoimentos sobre a época conhecida como os anos de chumbo.
“Homens que falaram sobre suas trajetórias nos anos de chumbo. Foi muito importante esse trabalho de investigação sobre as razões que levaram esses advogados a defender os preços políticos gratuitamente. Na verdade, uma bandeira sem mastro, porque eles sabiam que esses homens seriam condenados. Mesmo assim, defenderam-nos”, explicou Munteal.
A pesquisa foi iniciada há um ano e meio e envolveu jovens pesquisadores das duas instituições. O lançamento do livro está previsto para novembro.
Agência Brasil