A tentativa de desqualificação e imputação de crimes contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, ganha novo capítulo na mídia. O jornal Folha S.Paulo trouxe acusações de que o gabinete do ministro teria ordenado a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral de forma não oficial para embasar decisões contra bolsonaristas no inquérito das fake news. A reportagem foi amplamente republicada pela tropa de Bolsonaro e motivou diversos ataques ao magistrado.
No 25º episódio do Podcast Papo Reto, os deputados federais Carlos Zarattini (PT-SP) e Lindbergh Farias (PT-RJ) analisaram a repercussão do fato e defenderam que é uma ação desesperada dos bolsonaristas diante do avanço das investigações e processos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Segundo os parlamentares, é uma estratégia para invalidar as investigações que podem levar “Bolsonaro e sua turma à prisão”.
Zarattini e Lindbergh também abordaram outros escândalos envolvendo o ex-presidente, como o roubo das joias, a falsificação de atestados de vacina e o esquema de “rachadinhas” no Palácio do Planalto. Ambos destacaram que as provas contra Bolsonaro são robustas e que o julgamento pelo Supremo Tribunal Federal é inevitável. “O fato é o seguinte: a turma do Bolsonaro está desesperada! Fora do rito foi o que a quadrilha bolsonarista fez. O que vejo é uma tentativa de desqualificação sem sentido algum, sem prova nenhuma, do ministro Alexandre de Moraes”, disse Lindbergh.
Leia Mais: Soberania: ataques a Moraes foram feitos com robôs
Banco Central
Os parlamentares criticaram a atuação do Banco Central sob a liderança de Roberto Campos Neto, aliado do ex-presidente Bolsonaro. Para Zarattini, o presidente do órgão tenta sabotar a economia do País para atender interesses políticos. “O bolsonarista Campos Neto age para frear o crescimento econômico do país e segue mantendo a taxa de juros em índices estratosféricos”.
Zarattini também questionou a postura de Campos Neto em relação ao câmbio: “Houve uma sabotagem clara. Com o aumento do dólar, que não tem nada a ver com a economia brasileira, ele poderia ter vendido parte das reservas, mas se omitiu completamente. Enquanto o Banco Central ficou quieto, o dólar continuou subindo. E o mercado da especulação e os bolsonaristas preferiram inventar mentiras dizendo que era culpa das declarações do Lula”.
Para o deputado Lindbergh, as denúncias envolvendo Campos Neto são graves e precisam ser apuradas. “Ele vai ter que responder no Conselho de Ética. Existem duas denúncias, uma relacionada ao Pandora Papers, onde apareceram contas dele e de Paulo Guedes em offshores, e outra sobre fundos exclusivos que ele possui no Brasil. Eu já havia questionado isso na última reunião, mas ele se calou. Agora, voltei a perguntar se esses fundos são remunerados pela Selic ou pelo IPCA e ele novamente não respondeu”.
Avanços do governo Lula
Os deputados também ressaltaram os avanços sociais e econômicos do governo Lula em contraste com os retrocessos dos governos anteriores de Michel Temer e Jair Bolsonaro.
Lindbergh destacou as políticas públicas que permitiram que a população tivesse aumento de renda e, consequentemente, tiraram milhões de pessoas da situação de fome. “Fechamos 2022, o último ano de Bolsonaro, com 33 milhões de brasileiros em situação de insegurança alimentar grave. Agora, em 2024, esse número caiu para 8 milhões. Isso nos dá uma grande satisfação, porque é o que motiva nossa luta”.
Zarattini completou destacando o compromisso do governo em melhorar a vida das pessoas. “Lula está trabalhando para o povo e cumprindo sua promessa de lutar contra a fome”.
Assista o episódio completo:
Da Assessoria de comunicação do deputado Carlos Zarattini