Líderes petistas acionam STF contra empresários bolsonaristas que defendem golpe

Foto: Lula Marques

O líder do PT na Câmara, deputado Reginaldo Lopes (MG); a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR); e o líder da Minoria na Câmara, deputado Alencar Santana (PT-SP), entraram com notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra os empresários que, em um grupo de WhatsApp, propõe dar golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja eleito em outubro. O documento, protocolado na noite desta quinta-feira (18), foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na última quarta-feira (17), o portal de notícias Metrópoles publicou uma matéria com registros das conversas dos empresários Luciano Hang, dono da Havan; Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu; Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia; Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, dono da marca de roupas e acessórios de surfe Mormaii; e Marlos Melek, juiz do Trabalho no TRT9, do Paraná, defendendo abertamente a ruptura de democracia no Brasil caso o PT volte ao poder.

Para os parlamentares as mensagens são imorais e conspiram contra o Estado Democrático de Direito. “Foram revelados registros inéditos de conversas produzidas em grupo de rede social composto por empresários brasileiros apoiadores do atual governo do presidente Jair Bolsonaro, ali também participando o juiz federal do Trabalho no TRT9 (PR), Sr. Marlos Melek que, de maneira vil, antirrepublicana, imoral e criminosa, conspiram contra o Estado Democrático de Direito, o Sistema de Justiça Eleitoral e a soberania popular, articulando e defendendo proposta de golpe de Estado”.

Ação

A ação solicita que seja decretada a prisão em flagrante dos participantes do grupo ou, após análise da Procuradoria-Geral da República (PRG) e Ministério Público Federal (MPF), prisão preventiva dos membros do grupo; a quebra do sigilo telefônico e telemático de todos os envolvidos.

O texto também pede que a PGR seja intimada para abrir investigação e que o MPF investigue os nomes que não têm foro privilegiado. Solicita ainda que o site Metrópoles revele o conteúdo das informações existentes.

“Infelizmente, trata-se claramente de mais um ataque ao Estado Democrático de Direito, que dia após dia, vem sofrendo com a postura agressiva de representantes do governo e seus apoiadores, estimulada, pessoalmente, pelo titular máximo da República, que descumpre seu juramento constitucional realizado na posse e não declara abertamente o apoio à ditadura militar, a desconfiança do sistema da justiça eleitoral”, diz trecho do documento.

 

Leia a íntegra da ação:

LEIA AQUI a Representação

Lorena Vale

 

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