Lideranças do PT e da América do Sul criticam decisão do STF contra Lula

Em um dia trágico para a democracia brasileira, o Superior Tribunal Federal (STF) negou o habeas corpus preventivo impetrado pela defesa do ex-presidente Lula no caso em que ele é acusado injustamente e sem provas de ter beneficiado a empreiteira OAS em troca de um tríplex que nunca possuiu de fato e no qual nunca morou.

Após dias seguidos de grande pressão política vinda de todos os lados, a votação que teve início às 14h35 da quarta-feira (4) terminou apenas a 1h da manhã desta quinta (5), com 6 votos contrários e 5 votos favoráveis ao habeas corpus. O último voto, que desempatou a discussão, foi da presidenta do STF, Cármen Lúcia.

Os parlamentares e lideranças do PT se manifestaram prontamente, afirmando que o STF adota a tática de “dois pesos, duas medidas”, aplicando entendimentos brandos em outros casos e agindo de maneira punitivista no caso de Lula, com honrosas exceções.

O deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) destacou que “o STF se acovardou diante da pressão de setores da mídia e decidiu contra o HC de Lula. Mas seguiremos lutando. Ainda temos vários recursos políticos e jurídicos para impedir essa perseguição contra Lula”.

Para a deputada federal Ana Perugini (PT-SP), o julgamento trouxe um Tribunal “dividido entre o dever de guardar a Constituição Federal e interesses políticos e econômicos sublinhados pela declaração de um general do Exército”.

“O resultado do julgamento de mais de dez horas mostrou o STF dividido entre a guarda da Constituição Federal e interesses políticos e econômicos sublinhados pela declaração de um general do Exército. Em defesa da democracia e do direito das cidadãs e dos cidadãos brasileiros irem às urnas e escolherem o que consideram melhor para o nosso país, vamos seguir lutando para que Lula seja candidato”, afirmou.

Para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), “é um escândalo isso que aconteceu. Uma parte dos ministros do Supremo acovardados, de joelhos, com a pressão feita pela Rede Globo”. Ele destacou que houveram votos consistentes, mas “é um escândalo mesmo, esse supremo chancelou o golpe desde o começo”.

Para o senador Humberto Costa (PT-PE), foi claro o uso da tática de “dois pesos, duas medidas”, uma vez que pelo entendimento do STF, “todo brasileiro é culpado até prova em contrário. Salvo se for do PSDB”.

Em sua conta no Twitter, o ex-presidente equatoriano Rafael Correa‏ manifestou solidariedade a Lula, condenado pelo “crime” de tirar milhões da pobreza.

“Meu abraço solidário ao companheiro e irmão Lula da Silva. Todos sabemos que seu ‘crime’ é ter tirado 38 milhões de brasileiros da pobreza, sem submeter-se as elites brasileiras. Tudo é questão de tempo. O poder popular voltará com a força de um furacão. Resista! ”, disse a Lula.

O venezuelano Nicolás Maduro denunciou a situação: “Dói na alma esta injustiça”.

“No solo Brasil, o mundo inteiro te abraça Lula. Dói na alma esta injustiça. A direita, diante da sua incapacidade de ganhar democraticamente, elegeu o caminho judicial para amedrontar as forças populares. Mais cedo ou mais tarde a Pátria Grande vencerá!”, avisou Maduro ao encerrar a mensagem com a hastag #LulaValeALuta.

PT Nacional

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